Comportamento Zoofágico Inato de Cutias - Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 (Rodentia : Mammalia)

Autores

  • Emygdio Leite de Araújo Monteiro-Filho
  • Teresa Cristina Castellano Margarido
  • José Ricardo Pachaly
  • Paulo Rogério Mangini
  • Fabiano Montiani-Ferreira
  • Rogério Ribas Lange

Resumo

Os roedores são normalmente qualificados ocmo animais de comportamento alimentar herbívoro, devido a suas características anatômicas e fisiológicas. Relatos de zoofagia em roedores são comuns, sendo o consumo de alimentos de origem animal algo mais que um comportamento anômalo. Com relação à cutia (Dasyprocta azarae), não existem na literatura referências a comportamento zoofágico. Este trabalho teve como objetivo a realização de experimentos visando a verificar se a predação de ovos e aves é um comportamento inato ou aprendido para a espécie. O estudo avaliou, através de registros focais, o comportamento aimentar de exemplares de D. azarae pertencentes a dois grupos, sendo um mantido em cativeiro e outro em semi-liberdade, frente à oferta de ovos e pequenas aves. Foram utilizados ovos e filhotes de Gallus gallus e ovos de adultos de Cothurnix japonica, sendo as observações documentadas através de fotografias e filmagem em vídeo. Verificou-se a pronta predação, tanto dos ovos, quanto das aves, pelos indivíduos pertencentes a ambos os grupos. Os resultados obtidos demonstraram que o comportamento zoofágico observado em D. azarae é inato, uma vez que todos os exemplares estudados pertenciam à segunda ou terceira geração nascida em cativeiro e jamais receberam ovos ou aves como parte de sua dieta. Sugere-se ainda que as cutias, em condições naturais, sejam potenciais predadores de aves e de ninhos construídos ao seu alcance.

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Como Citar

Monteiro-Filho, E. L. de A., Margarido, T. C. C., Pachaly, J. R., Mangini, P. R., Montiani-Ferreira, F., & Lange, R. R. (2008). Comportamento Zoofágico Inato de Cutias - Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823 (Rodentia : Mammalia). Arquivos De Ciências Veterinárias E Zoologia Da UNIPAR, 2(2). Recuperado de https://revistas.unipar.br/index.php/veterinaria/article/view/676

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Seção

Artigos