CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO E VOZ DOS PROFESSORES: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS DOCENTES DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO PARANÁ-BRASIL

Autores

  • Denise Maria Vaz Romano França Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR)
  • Adriana Bender Moreira de Lacerda Universidade de Montréal

DOI:

https://doi.org/10.25110/educere.v23i3.2023-004

Palavras-chave:

condições ambientais, professores, qualidade de voz;, ruído ambiental

Resumo

Algumas condições do ambiente de trabalho, entre elas, o ruído, tem o potencial de afetar a saúde dos professores e podem comprometer a saúde vocal dos docentes, bem com sua qualidade de vida. O estudo proposto teve como objetivo avaliar a percepção dos docentes de Instituições de Nível Superior no Estado do Paraná sobre as condições ambientais de trabalho com ênfase no ruído. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Tuiuti do Paraná parecer nº: 3.403.329. Foi utilizado o protocolo sobre condições ambientais, bem como, foi medido o nível equivalente de ruído de fundo das salas de aula, de acordo com as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, Norma Regulamentadora 10. 151 e 10.152. Como resultados principais pode-se dizer que a maioria dos docentes percebe que, as condições de ruído em sala de aula, podem interferir na aprendizagem dos alunos e promover esforço vocal por parte dos professores. O ruído de fundo obtido nas medições realizadas nas salas de aula, mostraram níveis acima dos estabelecidos como sendo de conforto acústico para salas de aula. Considerando os resultados obtidos enfatiza-se a importância da implantação de políticas e programas voltados à conscientização e a prevenção de problemas de saúde do professor em todos os níveis educacionais.

Referências

ABNT NBR 10152, Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edifi-cações.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) Níveis de ruído para conforto acústico. Norma Regulamentadora 10152 -NBR. Dez 1987.

BEHLAU M, ZAMBON F, GUERRIERI AC, ROY N, GVP. Panorama epidemiológi-co sobre a voz do professor no Brasil [Internet]. In: 17º Congresso Brasileiro de Fono-audiologia e 1º Congresso Ibero-Americano de Fonoaudiologia; 2009 Out 21-24; Salva-dor. Disponível em: http://www.sbfa.org.br/portal/anais2009/resumos/R1511-1.pdf.Acesso em 20 de maio de 2019.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de vigilância em saúde. Departamen-to de vigilância em saúde ambiental e saúde do trabalhador. Distúrbio de voz relaciona-do ao trabalho – DVRT /Protocolos de Complexidade Diferenciada– Brasília: ministério da saúde, 2018.

CIELO, C. A.; RIBEIRO; V. V. Autoavaliação vocal de professores de Santa Ma-ria/RS. In: Rev. CEFAC.; 17(4):1152-1160, jul-ago, 2015.

COELHO, S. C. et al.. Relação entre fadiga vocal e qualidade de vida relacionada à voz em professores universitários. CoDAS, v. 33, n. 5, p. e20200174, 2021.

DALCOR, N.S; ARAÚJO, T.M.; REIS, E.J.F.F; PORTO, L.A.;CARVALHO,F.M.;SILVA, M.O.;BARBALHA, L.; ANDRADE, J.M. Condi-ções de trabalho e saúde dos professores. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro. Jan-fev, 2004. 20(1)187-196.

DEPOLLI, G. T.; FERNANDES, D. N. do S.; COSTA, M. R. B.; COELHO, S. C.; AZEVEDO, E. H. M.; GUIMARAES, M. F. Fadiga e Sintomas Vocais em Professores Universitários. Distúrbios da Comunicação, [S. l.], v. 31, n. 2, p. 225–233, 2019. DOI: 10.23925/2176-2724.2019v31i2p225-233. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/40618. Acesso em: 22 jul. 2023.

DOMÍNGUEZ-ALONSO, J. et al. Perturbación de la voz en docentes. Revista Españo-la de Salud Pública. 2019, v. 93, e201908055. Disponible en: <>. Epub 12 Oct 2020. ISSN 2173-9110.

DUFFY OM, HAZLETT DE. The impact of preventive voice care programs for training teachers: a longitudinal study. J voice. 2004;18(1):63-70

FUESS, Vera LR; LORENZ, Maria Cecília. Disfonia em professores do ensino munici-pal: prevalência e fatores de risco. Rev. Bras. Otorrinolaringol. São Paulo, v. 69, n. 6, p. 807-812, dezembro de 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992003000600013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 02 de abril de 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992003000600013.

HERMES, E; BASTOS, P.R. H.O. Prevalência De Sintomas Vocais Em Professores Na Rede Municipal De Ensino Em Campo Grande – Ms. Rev. CEFAC. 2015 Set-Out; 17(5):1541-1555

NABELEK AK, NABELEK I. Room acoustics and speech perception. In: Katz J. Handbook of clinical audiology. 3a ed. Baltimore, Williams & Wilkins; 1985.

ROCHA,M.L.; BACH, L.S.;AMARAL, L.P.; BEHLAU, M. e SOUZA, D.M.L..Fatores de Risco para a Incidência de Distúrbios da Voz Percebidos em Profes-sores do Ensino Fundamental e Médio. Journal of Voice.Volume 31, Edição 2 , março de 2017 , páginas 258.e7-258.e12. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0892199716300236. Acesso em 1 de abril.

Downloads

Publicado

06-09-2023

Como Citar

França, D. M. V. R., & de Lacerda, A. B. M. (2023). CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO E VOZ DOS PROFESSORES: UMA ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS DOCENTES DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO PARANÁ-BRASIL. Educere - Revista Da Educação Da UNIPAR, 23(3), 1088–1096. https://doi.org/10.25110/educere.v23i3.2023-004

Edição

Seção

Artigos