OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM ALFACES (Lactuca sativa) COMERCIALIZADAS EM MERCADOS MUNICIPAIS EM RIO BRANCO, ACRE
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqvet.v23i2cont.2020.7526Resumo
As hortaliças folhosas são ricas em vitaminas, sais minerais e fibras alimentares, proporcionando importantes benefícios para a saúde, o que acaba atraindo os consumidores, que costumam ingeri-las na forma crua, ficando expostos à contaminação por enteroparasitas. O objetivo do trabalho foi verificar a possível presença de enteroparasitas em alfaces (Lactuca sativa) comercializadas em três mercados municipais de Rio Branco, Acre. Foram analisadas 26 amostras de alfaces, onde as folhas das alfaces foram lavadas, em uma solução contendo 250 mL de água destilada e cinco gotas de detergente. O líquido foi filtrado em gazes de oito dobras e deixado sedimentar por 24 horas, à temperatura ambiente. Após o tempo decorrido o sobrenadante foi descartado, foram preparadas lâminas, que foram analisadas ao microscópio óptico. Os resultados obtidos neste estudo evidenciaram contaminação em 96,2% do total de amostras de alfaces analisadas. As principais estruturas parasitárias encontradas foram: Ascaridia sp., Eimeria sp., Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Ancylostoma sp., Strongyloides stercoralis, Enterobius vermicularis, Dipylidium caninum, Trichuris trichiura, Diphillobothrium latum e Balantidium sp. O enteroparasita mais abundante foi Ascaridia sp., tendo sido encontrados 164 (430) exemplares nas amostras, representando 38,14% do total de enteroparasitas encontrados. Ascaridia sp. foi também o enteroparasita mais frequente, sendo encontrada em 42,3% do total de amostras analisadas. Nesse contexto, a ingestão de alfaces cruas, provenientes dos mercados municipais estudados, pode representar risco potencial para os consumidores, caso elas não sejam higienizadas corretamente. Isto demonstra a importância de uma boa limpeza e desinfecção das folhas de alface antes do consumo.