A SUBJETIVAÇÃO IDENTITÁRIA DO CRENTE ASSEMBLEIANO: UM OLHAR GENEALÓGICO

Autores

  • Fabrício Filisbino Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

DOI:

https://doi.org/10.25110/akropolis.v31i2.2023-020

Palavras-chave:

Identidade, Subjetividade, Pentecostalismo

Resumo

A relação entre verdade, identidade, subjetividade e vivência de uma fé religiosa constitui o mote desta pesquisa, cujo objetivo é compreender a construção da identidade no pentecostalismo da Assembleia de Deus a partir da genealogia de Michel Foucault. A pesquisa de campo se deu por meio de questionário e entrevistas. Para Foucault o sujeito é efeito de relações de saber, de poder e de tecnologias políticas. As identidades modernas resultam de uma ética da obediência a padrões ou modelos, adaptadas às instituições. As igrejas da Assembleia de Deus, para governarem a conduta de seus fiéis, utilizam técnicas de subjetividade, tais quais as pesquisadas por Foucault em sua genealogia. A pesquisa verificou três categorias destas técnicas atuantes na Assembleia de Deus: messianismo; obediência; sexualidade e pecado. Mediante estas se dá governo da conduta dos fiéis.

Referências

ALENCAR, G. F. de. Assembleias Brasileiras de Deus: Teorização, História e Tipologia_ 1911-2011. 2012. 285 p. Dissertação [Doutorado em ciências da Religião], Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC, São Paulo, 2012.

ALENCAR, G. F. de. Pastores assembleianos na Universidade: A Polissemia assembleiana da Terceira Geração Pastoral. REFLEXUS. São Paulo: PUC, Ano VIII, n. 12, p. 289-324, jul./dez. 2014.

ARAÚJO, I. L. Foucault e a crítica do sujeito. 2.ed. Curitiba: Editora UFPR, 2008.

ARAÚJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

COROBIM, A. L. Uma análise dos usos e costumes adotados pela Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB. 2008. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso [Bacharelado] – Faculdade de teologia, Faculdade Teológica Batista de São Paulo, São Paulo, 2008.

DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault: Uma trajetória filosófica: Para além do estruturalismo e da hermenêutica. 2. ed. Tradução de Vera Portocarrero e Gilda Gomes Carneiro. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2013c.

FERNANDES, C. A. Discurso e produção de subjetividade em Michel Foucault. LEDIF- Laboratório de Estudos Discursivos Foucaultianos. Uberlândia: UFU, ano 2, artigo n. 1, 2011.

FONSECA, M. A. da. Michel Foucault e a constituição dos sujeitos. 3. ed.São Paulo: EDUC, 2011.

FOUCAULT, M. A Arqueologia do Saber. Tradução Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: Nascimento daPrisão. 29. ed. Tradução de Raquel Ramalhete. Vozes, 2004.

FOUCAULT, M. A Hermenêutica do sujeito. Tradução de Márcio Alvez da Fonseca; Salma Tannus Muchail. Organização de Frédéric Gros; François Ewald;Alessandro Fontana. São Paulo: Martins Fontes, 2006a.

FOUCAULT, M. Estratégia, poder-saber. Coleção Ditos e escritos. Organização de Manoel Barros da Motta. Tradução de Vera Lucia Avellar Ribeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2006b.

FOUCAULT, M. História da sexualidade 2: O uso dos prazeres. Tradução de Maria Theresa da Costa Albuquerque; José Augusto Guilhon Albuquerque. 13. ed. São Paulo: GRAAL, 2009.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 27. ed. Tradução de Roberto Machado. São Paulo: Graal, 2013b.

FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. Michel Foucault: Uma trajetória filosófica. 2. ed. Tradução de Vera Portocarrero e Gilda Gomes Carneiro. Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2013c.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 1: A vontade de Saber. Tradução de Maria Theresa da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

FOUCAULT, M. Qu'est-ce que la critique?Critique etAufklärung. Bulletin de la Sociétéfrançaise de philosophie. Vol. 82, n. 2, p. 35-63, avr./juin. 1990, [Conferência proferida em 27 mai. 1978]. Tradução de Gabriela Lafetá Borges; Wanderson Flor do Nascimento.

GILBERTO, A. et al. Teologia Sistemática Pentecostal. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 259-260.

HOLANDA FERREIRA, A. B. de. Novo dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

KANT, I. “Resposta à pergunta: O que é ‘Esclarecimento’ (AufklÄrung”. In: KANT, I Textos Seletos. Introdução de Emmanuel Carneiro Leão. 4ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

KRAEMER, C. Ética e Liberdade em Michel Foucault – uma leitura de Kant. São Paulo: EDUC: FAPESP, 2011.

LIBÂNIO, J. B. A religião no início do milênio. São Paulo: Loyola, 2002.

MACHADO, R. Por uma Genealogia do Poder. In. FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 27. ed. Tradução de Roberto Machado. São Paulo: Graal, 2013b.

MARIANO, R. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1999.

ORO, I. P. O fenômeno religioso: Como entender. São Paulo: Paulinas, 2013.

PIONER, K. Z. ENCONTRO DE JOVENS PESQUISADORES: I mostra acadêmica de inovação e tecnologia, XIX, 07-11 nov. 2011, Caxias do Sul. “A ética do cuidado de si em Michel Foucault”. Caxias do Sul: UCS, 2011. Disponível em: http://www.ucs.br/site/midia/arquivos/Kamila_Zaleski_Pioner._Unisinos.pdf. Acesso em: 21 jun. 2015.

SOUZA, R. J. de. Carisma e instituição: Relações de poder na Renovação Carismática Católica do Brasil. 10. ed. São Paulo: Santuário, 2010.

SYNAN, V. O século do Espírito Santo: 100 anos do avivamento pentecostal e carismático. Tradução: Judson Canto. São Paulo: Vida, 2011.

Downloads

Publicado

27-06-2024

Como Citar

Filisbino, F. (2024). A SUBJETIVAÇÃO IDENTITÁRIA DO CRENTE ASSEMBLEIANO: UM OLHAR GENEALÓGICO. Akrópolis - Revista De Ciências Humanas Da UNIPAR, 31(2), 312–331. https://doi.org/10.25110/akropolis.v31i2.2023-020

Edição

Seção

Artigos