CRÔNICA DA CASA ASSASSINADA E A METAFORIZAÇÃO DOS DISCURSOS MODERNO E PÓS-MODERNO
Resumo
O romance Crônica da casa assassinada, do escritor mineiro Lúcio Cardoso, narra a história dos Meneses, uma família decadente do interior de Minas Gerais, que habita uma chácara antiga — símbolo da tradição e da permanência —, cujos pilares tradicionalistas veem-se ameaçados quando uma nova personagem inclui-se em tal cenário, passando a participar e a determinar a direção dos acontecimentos. A mudança que se instala em tal ambiente é tão profunda, a punhalada desferida é tão pungente, que a Chácara, lentamente, encaminha-se para a destruição. Valendo-nos das metáforas construídas pelo autor para narrar a extinção da família Meneses, intentamos analisar a obra à luz das teorias da pós-modernidade, haja vista que a transição da sociedade moderna para a pós-moderna, de maneira equivalente à narrada no romance, distingue-se pelo declínio de valores tradicionais e pela consequente ascensão de propostas anárquicas, que justificam o niilismo da sociedade contemporânea. Por essa razão, acredita-se que a análise e a interpretação por ora propostas contribuam para uma acolhida mais amigável da obra em meio acadêmico, uma vez que ainda são recorrentes críticas pejorativas e desvalorizadoras referentes ao romance. Ademais, intenta-se contribuir com as próprias teorias da pós-modernidade, uma vez que o cenário teórico contemporâneo está sob construção, já que se trata de uma condição ainda em andamento.Downloads
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