O PERIGO QUE SE ESCONDE ATRÁS DA COMERCIALIZAÇÃO INFORMAL DE ALIMENTOS E SUA PREVENÇÃO

Autores

  • Jady Slaviero Tieppo
  • Ricardo Magalhães
  • Gustavo Costardi Palin
  • Maria Leticia da Silveira Ames
  • Luiz Sérgio Merlini

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqvet.v21i4.7343

Resumo

A comercialização de alimentos prontos para o consumo é algo que vem crescendo com o passar dos anos, devido à inserção da mulher no mercado de trabalho e o dispendioso tempo de preparo de alimentos em domicilio, favorecendo assim a procura pelos alimentos prontos pela população trabalhadora. Entretanto, esses alimentos se tornam fontes de disseminação de alguns patógenos prejudiciais à saúde humana, que geram doenças e prejuízos. As Doenças Transmitidas por Alimento (DTA) são causadas por micro-organismos presentes nos alimentos que na maioria das vezes passam por grande processo de manipulação e são preparados no próprio estabelecimento comercial sem controle higiênico sanitário. Alguns desses micro-organismos são os coliformes totais, que são utilizados como principal indicador das condições higiênico-sanitárias de locais de processamento de alimentos e também da água; os coliformes termotolerantes, indicadores de más condições higiênico-sanitárias dos alimentos, dos locais de preparação e ou armazenamento sendo problemas frequentes na manipulação de alimentos preparados; e os Staphylococcos spp. micro-organismos causadores de várias infecções, que são encontrados comumente na pele dos seres humanos. Neste trabalho objetivou-se mostrar alguns resultados de pesquisas da qualidade microbiológica de alimentos comercializados na cidade de Umuarama – PR. Uma análise do tratamento térmico de coxinhas fritas frente aos micro-organismos citados anteriormente mostrou que os coliformes totais e termotolerantes presentes nas amostras eram resistentes a temperatura de 60ºC a 65ºC, temperatura esta do interior do salgado após fritura, sendo que a contagem de coliformes totais em amostras cruas foi de 1,4x105 UFC/g e após a fritura reduziu para 2,1x104, sendo que a legislação recomenda ausência nas amostras. As amostras cruas apresentaram coliformes termotolerantes 1,3x104UFC/g e após cocção 4,1x103UFC/g, demonstrando estar fora dos padrões permitidos de 2x10UFC/g, conforme a RDC nº 12 de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Outra pesquisa realizada no comercio de Umuarama – PR, também mostrou que a coxinha de carne apresentava contaminação excedente para coliformes termotolerantes 5,7x10² NMP/g. Neste contexto, as DTA firmam-se como de grande importância social e econômica, pois geram anualmente custos à saúde pública relacionada aos surtos em determinadas localidades, principalmente àquelas sem medidas como Boas Práticas de Fabricação. Dessa forma, como medida de controle, devem-se criar cursos de capacitação em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, com esclarecimento de dúvidas e promoção de soluções para problemas encontrados em cada local, ou seja, análise criteriosa das necessidades do estabelecimento. Essas medidas fazem com que vendedores e manipuladores de alimentos se tornem capazes de entender a importância do assunto, e assim implantar essas praticas para o fornecimento de alimentos seguros para seus consumidores.

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Publicado

28-03-2019

Como Citar

TIEPPO, Jady Slaviero; MAGALHÃES, Ricardo; PALIN, Gustavo Costardi; AMES, Maria Leticia da Silveira; MERLINI, Luiz Sérgio. O PERIGO QUE SE ESCONDE ATRÁS DA COMERCIALIZAÇÃO INFORMAL DE ALIMENTOS E SUA PREVENÇÃO. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, [S. l.], v. 21, n. 4, 2019. DOI: 10.25110/arqvet.v21i4.7343. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/veterinaria/article/view/7343. Acesso em: 29 out. 2024.

Edição

Seção

Resumos do II - Concivet - Confraternização Científica da Medicina Veterinária