DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE: JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL, BREVE HISTÓRICO, ANÁLISE DE CASOS EMBLEMÁTICOS DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS JULGADOS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PERSPECTIVAS

Autores

  • Rennan Thamay FADISP
  • Kathleen dos Santos Gomes FADISP
  • Leonardo Peteno Magnusson UNIPAR

DOI:

https://doi.org/10.25110/rcjs.v26i2.2023-9814

Palavras-chave:

Art Direito Fundamental à Saúde, Judicialização da Saúde, Medicamentos, Reserva do Possível, Mínimo Existencial

Resumo

O objetivo deste trabalho é a análise do Direito Fundamental à Saúde, abordando um breve histórico da judicialização da saúde no Brasil no tocante ao fornecimento de medicamentos e competências abordando importantes julgados emblemáticos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), buscando uma reflexão sobre a controvérsia entre a dignidade da pessoa humana e a indisponibilidade de recursos pelo Estado. Destarte, busca este trabalho demonstrar o tema sobre o direito fundamental da saúde e a judicialização da saúde quanto ao fornecimento de medicamentos de alto custo, sobre o prisma da dignidade da pessoa humana, a necessidade de uma solução para uma temática densa quanto a questão de saúde pública através de políticas públicas refletindo sobre a escassez dos recursos e atuação estatal, com estribo nos temas da reserva do possível e o mínimo existencial, concluindo com as perspectivas para a solução da problemática com a atuação do Conselho Nacional de Justiça, utilizando a metodologia de pesquisas bibliográficas, sites, legislação e jurisprudências.

Referências

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução: Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 34. ed. São Paulo: Malheiros, 2019.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: de 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Decreto n. 26.042, de 17 de dezembro de 1948. Promulga os Atos firmados em Nova York a 22 de julho de 1946, por ocasião da Conferência Internacional de Saúde. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1940-1949/decreto-26042-17-dezembro-1948-455751-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 01 dez. 2021.

BRASIL. Lei nº 9.313, de 13 de novembro de 1996b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9313.htm. Acesso em 05 dez. 2021.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. EDcl no REsp n. 1.657.156-RJ. Relator Min. Benedito Gonçalves. J. 12.09.2018. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=1657156&b=ACOR&thesaurus=JURIDICO&p=true. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. RMS n. 6564/RS. Relator Min. Demócrito Reinaldo. J. 23.05.96a. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/pesquisa/?tipoPesquisa=tipoPesquisaNumeroRegistro&termo=199500687828&totalRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea. Acesso em: 03 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADPF n. 45/2004-DF. Relator Min. Celso de Mello. J. 09.04.04. Disponível em: https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14800508/medida-cautelar-em-arguicao-de-descumprimento-de-preceito-fundamental-adpf-45-df-stf. Acesso: 03 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE n. 1165959/SP. Relator Min. Marco Aurélio. J. 21.06.21. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=%22RE%201165959%22&base=acordaos&sinonimo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true. Acesso em: 04 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE n. 657.718/MG. Relator orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso. J. 22.05.19b. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?base=acordaos&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=false&buscaExata=true&page=1&pageSize=10&queryString=657718&sort=_score&sortBy=desc. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE n. 855.178 RG/SE. Relator Min. Luiz Fux. J. 05.03.15. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=%22RE%20855178%22&base=acordaos&sinonimo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE n. 855178 ED/SE. Relator ori. Min Luiz Fux, red. p/ o ac. Edson Fachin, J. 23.05.19a. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?classeNumeroIncidente=%22RE%20855178%22&base=acordaos&sinonimo=true&plural=true&page=1&pageSize=10&sort=_score&sortBy=desc&isAdvanced=true. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE nº 429.903/RJ. Relator Min. Ricardo Lewandowski. J. 25.06.14. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?base=acordaos&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=false&buscaExata=true&page=1&pageSize=10&queryString=429903&sort=_score&sortBy=desc. Acesso em: 05 dez. 2021.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. STP n. 455/RS. Relator Min. Dias Toffoli. J. 10.07.2020. Disponível em: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search?base=decisoes&pesquisa_inteiro_teor=false&sinonimo=true&plural=true&radicais=false&buscaExata=true&ministro_facet=DIAS%20TOFFOLI&page=1&pageSize=10&queryString=455&sort=_score&sortBy=desc. Acesso em: 05 dez. 2021.

CONFERÊNCIA GLOBAL SOBRE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Alternative Civil Society Astana Declaration on Primary Health Care, Cazaquistão em 25 e 26 de outubro de 2018. Disponível em: https://phmovement.org/alternative-civil-society-astana-declaration-on-primary-health-care/. Acesso em: 03 dez. 2021.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE. Declaração de Alma-Ata sobre Cuidados Primários, de 12 de setembro de 1978. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_alma_ata.pdf. Acesso em: 03 dez. 2021.

FIGUEIREDO, Herbeth Costa. Saúde no Brasil: sistema constitucional assimétrico e as interfaces com as políticas públicas. Curitiba: Juruá, 2015.

LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Disponível em: https://www.ohchr.org/en/human-rights/universal-declaration/translations/portuguese?LangID=por. Acesso em: 03 dez. 2021.

RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

RÊGO, Carolina Noura de Moraes. O estado de coisas inconstitucional: entre o constitucionalismo e o estado de exceção. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2020.

SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 13 ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado. 2021.

SARMENTO, Daniel. Dignidade da pessoa humana: conteúdo, trajetórias e metodologia. 3 ed. Belo Horizonte: Fórum, 2020.

SILVA, José Afonso. Curso de direito constitucional positivo. 43. ed. São Paulo: Malheiros, 2020.

SOUZA, Isa Filipa Antônio de Souza. A crise do estado social e o direito à saúde: reflexões. O critério decisivo da “dignidade da pessoa humana”. In: SOUZA, Isa Filipa Antônio de Souza. et al. Direito à saúde: dilemas atuais. Curitiba: Juruá, 2017.

Downloads

Publicado

24-06-2024

Como Citar

Thamay, R., dos Santos Gomes, K., & Peteno Magnusson, L. (2024). DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE: JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL, BREVE HISTÓRICO, ANÁLISE DE CASOS EMBLEMÁTICOS DE FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS JULGADOS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PERSPECTIVAS. Revista De Ciências Jurídicas E Sociais Da UNIPAR, 26(2), 629–650. https://doi.org/10.25110/rcjs.v26i2.2023-9814

Edição

Seção

Artigos