CESARIANA EM ÉGUA – RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqvet.v17i2.4931Resumo
O termo distocia refere-se ao trabalho de parto anormal, e a espécie equina possui baixa incidência em relação às outras espécies. Quando diagnosticada, a correção da estática fetal por meio de manobras obstétricas é o primeiro método sugerido, porém quando não efetiva, a retirada cirúrgica pode ser indicada. A cesariana classifica-se em cesariana de emergência, de semiemergência e semieletiva, sendo que diferentes acessos à cavidade podem ser utilizados para esse procedimento. Descreve-se um caso de cesariana em uma égua de seis anos de idade que apresentava distocia há mais de doze horas e após tentativa sem sucesso de reposicionamento fetal, o animal foi encaminhado à cirurgia. Não houve intercorrências na recuperação anestésica e curativo local foi feito diariamente, juntamente com aplicação de antibióticos e anti-inflamatórios não esteroidais. Devido à hemorragia uterina que o animal passou a apresentar no terceiro dia de pós-operatório foi realizada transfusão sanguínea, administração de antifibrinolítico hemostático e estimulante de células vermelhas. No 17º dia pós-cirúrgico a égua recebeu alta e após cinco meses da data de cirurgia, por meio de ultrassonografia transretal, constatou-se que a égua apresentava um folículo de 37 milímetros no ovário direito. Conclui-se com esse relato que a cesariana em éguas é aplicada com sucesso nos casos de distocia, porém mais trabalhos, maior número de estudos e relatos sobre esse tema precisam ser feitos para que se possa estipular a taxa de sucesso deste procedimento nesta espécie e também a taxa de fertilidade futura das éguas.Downloads
Publicado
20-03-2015
Como Citar
SILVA, Jéssica Rodrigues da; RIBEIRO, Max Gimenez; ORLANDINI, Carla Faria; LADEIA, André Luiz; RIBEIRO, Luciana Vieira Pinto; MEIRELLES, Guilherme Paes; BARRETO FILHO, José Ricardo Cardozo. CESARIANA EM ÉGUA – RELATO DE CASO. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, [S. l.], v. 17, n. 2, 2015. DOI: 10.25110/arqvet.v17i2.4931. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/veterinaria/article/view/4931. Acesso em: 5 nov. 2024.
Edição
Seção
Relato de Caso