UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES VOLUMES DE SÊMEN NA REALIZAÇÃO DO TESTE HIPOSMÓTICO EM TOUROS ADULTOS DA RAÇA NELORE
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqvet.v18i1.5362Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes proporções de sêmen: solução hiposmótica na realização do teste hiposmótico e suas relações com a congelabilidade do sêmen de touros zebuínos. Utilizaram-se 15 ejaculados de três touros adultos da raça Nelore. No sêmen in natura realizou-se a avaliação física e morfológica, a coloração supravital e o teste hiposmótico. No teste hiposmótico foi utilizada uma solução com osmolaridade de 100 mOsm/Kg com 15 minutos de período de incubação a 37 ºC, tanto no sêmen in natura quanto no congelado/descongelado. Foram utilizados quatro volumes de sêmen em 1mL de solução hiposmótica: 10, 20, 50 e 100 µL. As amostras criopreservadas foram descongeladas e foram realizados os testes hiposmótico, coloração supravital, teste de termo-resistência lento e a coloração fluorescente. Os valores médios e desvios padrão do percentual de espermatozoides reativos ao teste hiposmótico em sêmen in natura e congelado/descongelado foram 69,3 ± 11,8 e 20,5 ± 6,8; respectivamente. Não houve correlação do teste hiposmótico com os aspectos físicos e morfológicos e os testes complementares realizados em sêmen in natura e congelado/descongelado. Nenhum teste de integridade de membrana plasmática dos espermatozoides foi capaz de classificar os touros quanto a sua congelabilidade do sêmen. Conclui-se que o teste hiposmótico pode ser realizado com 20 a 100 µL de sêmen in natura, e 10 a 100 µL de sêmen congelado/descongelado em 1 mL de solução hiposmótica, sem interferir em seus resultados, mas deve-se optar por 100 µL tanto para sêmen in natura e congelado/descongelado, porque melhora consideravelmente a leitura das lâminas.