ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO COORDENADORA DO CUIDADO NO ATENDIMENTO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO PARA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL: RELATO DE CASO

Autores

  • Suzana Liotto Hirsch
  • Jessica de Andrade Januskevicius
  • Felipe Sgorla
  • Anália Rosário Lopes

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-006

Palavras-chave:

Toxoplasmose Gestacional, Pré-natal de Alto Risco, Atenção Primária à Saúde

Resumo

Introdução: a toxoplasmose é considerada uma enfermidade com grande impacto no contexto da saúde pública, especialmente quanto à infecção primária durante a gestação e o risco de transmissão congênita. A Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada a porta de entrada aos serviços de saúde e também a coordenadora do cuidado. Objetivo: este trabalho visa relatar um caso de toxoplasmose gestacional e a importância da APS como coordenadora do cuidado no pré-natal de alto risco. Relato do caso: trata-se de uma quartigesta, 27 anos de idade, de cor parda, atualmente desempregada e residente em área de vulnerabilidade sociodemográfica. Iniciou seu pré-natal tardiamente, sendo realizado seu primeiro atendimento com idade gestacional de 17 semanas e 5 dias. Esse caso foi observado e acompanhado durante o período do internato médico em APS I que ocorre no nono e décimo período do curso de medicina de uma universidade federal localizada em município de médio porte. Resultados: esta experiência possibilitou o aprendizado sobre o tratamento e protocolo da toxoplasmose gestacional na APS, a articulação com a atenção especializada e funcionamento da rede. Considerações finais: a toxoplasmose gestacional e consequente transmissão transplacentária, permanece no cenário epidemiológico como uma das doenças que impactam na saúde fetal e neonatal com graves consequências para o indivíduo na vida adulta, e a APS desempenha papel primordial quanto a elaboração de medidas preventivas, no planejamento reprodutivo, na captação precoce da gestante para o início do pré-natal e como a principal coordenadora do cuidado nos casos diagnosticados de toxoplasmose gestacional.     

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina – Proposta. 2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/escola-de-gestores-da-educacao-basica/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12991-diretrizes-curriculares-cursos-de-graduacao>. Acesso em: 09.mar.2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html. Acesso em 03.fev.2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de Notificação e Investigação: Toxoplasmose gestacional e congênita. Brasília. Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_notificacao_investigacao_toxoplasmose_g estacional_congenita.pdf>. Acesso em: 09.mar.2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de Alto Risco. Manual Técnico. Brasília. 2022. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wpcontent/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf>. Acesso em: 03. fev. 2023.

BRASIL. Portaria no. 1.459 de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2011. Disponível em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.htm>. Acesso em: 03.fev.2023.

FALAVINA, L. P.; LENTSCK, M. H.; MATHIAS, T. A. F. Tendência e distribuição espacial de doenças infecciosas em gestantes no estado do Paraná-Brasil. Rev Lat Am Enfermagem, v. 27, e3160, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rlae/a/h9kvLdYNjvc96VpNPcC6XDG/?lang=pt#>. Acesso em: 09.mar.2023.

FOZ DO IGUAÇU. Divisão de Atenção Básica (DIAB) de Foz do Iguaçu. Identificação das áreas de atuação das equipes da DIAB. Disponível em: <https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=1hcf345ZWJfg4dwtBuew0En1xVnlWKZm7&ll=-25.531845782949812%2C-54.56519675756068&z=15 >. Acesso em: 04.abr.2023.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades e Estados, Foz do Iguaçu. 2021. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pr/foz-do-iguacu.html>. Acesso em: 04.abr.2023.

MANDELBROT, L. Congenital toxoplasmosis: What is the evidence for chemoprophylaxis to prevent fetal infection? Prenat Diagn., v. 40, n. 13, p. 1693- 1702, 2020. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32453454/> Acesso em: 05.mar.2023.

MOURA, I. P. D. S.; et al. Toxoplasmosis knowledge and preventive behavior among pregnant women in the city of Imperatriz, Maranhão, Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n.10, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csc/a/VJVGXzDp84TFsWw4hBLyc7G/?lang=pt#>. Acesso em: 08.abr.2023.

OMS. Organização Mundial de Saúde (OMS). Zoonoses. 2020. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/zoonoses>. Acesso em: 11.mar.2023.

PAVAN, A. A.; et al. Soroepidemiologia da toxoplasmose em gestantes do município de Medianeira, Paraná, Brasil. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 20, n. 2, p. 131-135, 2016.

PARANÁ. Secretaria Estadual da Saúde. Divisão de Atenção a Saúde da Mulher. Linha Guia - Atenção Materno Infantil: Gestação. Secretaria do Estado do Paraná. 8 ed. Curitiba. 2022. Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Linha-de-Atencao-Materno-Infantil>. Acesso em: 04 mar.2023.

SMITH, N. C.; et al. Control of human toxoplasmosis. Int J Parasitol., v. 51, n. 2-3, p. 95-121, 2021. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0020751920303325?via%3Dihub>. Acesso em: 04 mar.2023.

STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002.

Downloads

Publicado

02-06-2023

Como Citar

HIRSCH, Suzana Liotto; JANUSKEVICIUS, Jessica de Andrade; SGORLA, Felipe; LOPES, Anália Rosário. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO COORDENADORA DO CUIDADO NO ATENDIMENTO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO PARA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL: RELATO DE CASO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 6, p. 2195–2206, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i6.2023-006. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10068. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos