USO DA CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON PARA AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE CESÁREAS EM HOSPITAIS PARANAENSES VINCULADOS AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Autores

  • Flávia Cristina Vieira Frez Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Vitória Goularte de Oliveira Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Aline Zulin Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Viviane Cazetta de Lima Vieira Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Ivi Ribeiro Back Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Iara Sescon Nogueira Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Ana Luísa Serrano Lima Universidade Estadual de Maringá (UEM)
  • Gabriel Zanin Sanguino Universidade Estadual de Maringá (UEM)

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i10.2023-003

Palavras-chave:

Classificação de Robson, Hospitais Públicos, COVID-19, Cesárea, Gestante

Resumo

Introdução: Os índices de parto cesariano vêm aumentando mundialmente e ultrapassando, em muitos locais, os índices de parto vaginal. No entanto, tais índices nem sempre refletem a indicação real do procedimento. Objetivo: analisar as taxas de cesáreas de hospitais vinculados à Secretaria Municipal do Estado do Paraná no ano de 2021, exceto universitários, através da Classificação de Robson. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, foram avaliadas 356 instituições de saúde do estado do Paraná, os dados foram coletados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) via tabulador oficial do Ministério da Saúde- Tabwim, no ano de 2021. Resultados: Os maiores índices segundo Classificação de Robson, foram de mulheres entre 20 à 34 anos, com companheiro, escolaridade de oito anos ou mais de estudo, multíparas com filhos vivos anteriores a última gestação, sendo estas a termo, com gravidez única e sem anomalias congênitas, além da realização de sete consultas de pré-natal com seu início no primeiro trimestre de gestação. Conclusão: o parto cesariano ultrapassa os índices do parto vaginal. Podemos evidenciar a importância que os profissionais de saúde possuem para revertermos essa realidade através da educação em saúde, e no desenvolvimento de estratégias que minimizem esses números expressivos de cesarianas.

Referências

ABREU, L. P.; LIRA FILHO, R.; SANTANA, R. L. Características Obstétricas das Gestantes Submetidas À Cesariana Segundo A Classificação de Robson. Rev. Enfer-magem Uerj, v. 27, jan. 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2019.37858.

AGUEMI, A.K. Indicadores maternos para monitorar hospitais da Rede Cegonha: uma proposta. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 781-787, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232021263.35562020.

AMARI, V. C. S.; KLUTHCOVSKY, A. C. G. C.; AMARIL, M. N.; MULLEER, E. V. Proporção e tendência temporal das cesáreas nas regionais de saúde do Estado do Paraná, 2003 a 2014. Cadernos Saúde Coletiva, v. 29, p. 25-35, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/MPsV7ZTVqXDWBX66nWgygWc/?format=pdf&lang=pt.

ASSIS, L. O planejamento estratégico de um hospital universitário federal e sua atuação regional nas políticas públicas de saúde. 2017. 249 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Governança Pública) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2763.

BETRAN, A.P. Et al. Uma revisão sistemática da classificação de Robson para cesaria-na: o que funciona, não funciona e como melhorar. PloS one, v. 9, n. 6, pág. e97769, 2014. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4043665/pdf/pone.0097769.pdf.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistemas de informação em saúde. 2021. Dis-ponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svs/vigilancia-de-doencas-cronicas-naotransmissiveis/sistemas-de-informacao-em-saude.

BRASIL. Ministério da Saúde cria Rede de Atenção Materna e Infantil e amplia atendimento para mães e bebês no SUS. 2022. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/16676.

cesáreas. p. 1-8, 2015. Disponível em: https://www.who.int/pt/publications/i/item/WHO-RHR15.02.

COSTA, S.P. Et al. Parto normal ou cesariana? Fatores que influenciam na escolha da gestante. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 4, n. 1, p. 1-9, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.5902/217976928861.

D. P. Taxas de cesarianas em um hospital universitário a partir da classificação de Rob-son. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 19, 2020. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/47196/751375150724

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. Postagens: Classificação de Robson. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/classificacao-de-robson/.

Geneva, 2017. (CC BY-NC-SA 3.0IGO). Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/259512/9789241513197-eng.pdf?sequence=1.

HOLANDA, S.M. Et al. Influência da participação do companheiro no pré-natal: satis-fação de primíparas quanto ao apoio no parto. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 27, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-070720180003800016.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Paraná. 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/panorama.

LINS, J. J. A.; SANCHES, M. E. T. L.; SANTOS, A. A. P.; SILVA, J. M. O. A aplica-ção da Classificação de Robson nas maternidades brasileiras como ferramenta para re-dução das taxas de cesariana: uma revisão de literatura. Research Society and Deve-lopment, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e13101320953, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20953.

MARTINS, F.L. Et al. Violência Obstétrica: Uma expressão nova para um problema histórico. Revista Saúde em Foco, v. 11, n. 2, p. 413-423, 2019. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/03/034_VIOLÊNCIA-OBSTÉTRICA-Uma-expressão-nova-para-um-problema-histórico.pdf.

MASCARELLO, K.C. Et al. Complicações puerperais precoces e tardias associadas à via de parto em uma coorte no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 21, p. e180010, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-549720180010.

MAZURKIEWIZ, R. F. MORTALIDADE INFANTIL E EVITABILIDADE EM UM MUNICÍPIO PARANAENSE – UNIPAR UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE FRANCISCO BELTRÃO CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM, obten-ção do título de Bacharel em Enfermagem. (TCC). 2019.

NAKANO, A.R; BONAN, C; TEIXEIRA, L.A. A normalização da cesárea como mo-do de nascer: cultura material do parto em maternidades privadas no Sudeste do Bra-sil. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 25, p. 885-904, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-73312015000300011.

NOGUEIRA, J. M. C.; MACEDO, D.; C.; A importância do uso da classificação de Robson durante o trabalho de parto. Revista científica eletrônica de ciências aplicadas da fait, n. 2. novembro, 2019. Disponível em: http://www.fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/6vZnI7tMHOeaM9j_2020 -7-23-19-39-36.pdf.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Declaração da OMS sobre ta-xas de ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Taxas de cesarianas con-tinuam aumentando em meio a crescentes desigualdades no acesso, afirma OMS. 16 Jun 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/16-6-2021-taxas-cesarianas-continuamaumentando-em-meio-crescentes-desigualdades-no-acesso.

PARANÁ. Secretaria de Saúde. Divisão de Atenção à Saúde da Mulher. Linha de Cuidado Materno Infantil do Paraná. 8 ed. Curitiba: SESA, 2022. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2022-03/linha_guia_mi-_gestacao_8a_ed_em_28.03.22.pdf.

PETRÔNIO, C.C.A.D. Classificação de Robson na redução das taxas de cesariana. 2019. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Enfermagem Obstétrica) Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.

REIS, A. M.; BELTRAME, R. C. T.; ARANTES, R. B. S.; CORREA, A. C. P.; MAR-TINS,

RIBEIRO, C.L Nascer em Belo Horizonte: processo decisório e fatores obstétricos associados à via de nascimento. 2017. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017.

SILVA, A. P.; ROMERO, R. T.; BRAGANTINE, A.; DINIZ, A. A.; BARBIERI, M. As indicações de cesáreas no Brasil: uma revisão de literatura integrativa. Revista Ele-trônica Acervo Saúde, v.24, e.624, 2019. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/624/498.

VALLE, D. A.; RIBEIRO, U. R. V. C. O.; MONTEZE, N. M. RIBEIRO, L. C.; AFONSO, V. W. Avaliação do perfil dos binômios materno-infantil de risco atendidos em uma Unidade Especializada em Puericultura, na cidade de Juiz De Fora – MG. HU Revista, Juiz de Fora, v. 40, n.1 e 2, p.05-11, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/2034/919

VARGAS, S.; REGO, S.; CLODE, N. Sistema De Classificação Robson Aplicado À Indução Do Trabalho De Parto. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Rio de Janeiro, v. 40, n. 9, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1055/s-0038-1667340.

VICENTE, A. C.; LIMA, A. K. B. S.; LIMA, C. B. Parto cesário e parto normal: uma abordagem acerca de riscos e benefícios. Temas em saúde, v.17, n.4, p.24-35, 2017. Disponível em: https://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/01/17402.pdf.

VOGEL, J. P. Et al. Uso da classificação de Robson para avaliar tendências de cesariana em 21 países: uma análise secundária de duas pesquisas multipaíses da OMS. The Lan-cet Global Health, v. 3, n. 5, pág. e260-e270, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1016/S2214-109X(15)70094-X

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Robson Classification: Implementation Ma-nual.

ZIBELL, E. B., KNAUL, L. H., TOMAZ, R. R., DE LIMA, P. Análise dos indicadores de boas práticas durante a assistência no trabalho de parto e nascimento em um hospital terciário de Santa Catarina. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 8, p. 4560-4576, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i8.2023-025.

Downloads

Publicado

09-10-2023

Como Citar

FREZ, Flávia Cristina Vieira; DE OLIVEIRA, Vitória Goularte; ZULIN, Aline; VIEIRA, Viviane Cazetta de Lima; BACK, Ivi Ribeiro; NOGUEIRA , Iara Sescon; LIMA , Ana Luísa Serrano; SANGUINO, Gabriel Zanin. USO DA CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON PARA AVALIAÇÃO DAS TAXAS DE CESÁREAS EM HOSPITAIS PARANAENSES VINCULADOS AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 10, p. 5498–5516, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i10.2023-003. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10571. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

v. 27 n. 10 (2023)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2023 Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.

A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.

Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.

As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.