USO DE SIBUTRAMINA NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PARA OBESIDADE E OS RISCOS ASSOCIADOS

Resumo

A prevalência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), associadas principalmente a dietas inadequadas e estilo de vida sedentário, representa um desafio global para a saúde pública. Os esforços da Década de Ação sobre a Nutrição das Nações Unidas visam combater não apenas a desnutrição, mas também problemas como o sobrepeso, a obesidade e as DCNT, que têm forte ligação com hábitos alimentares. O aumento constante da obesidade, identificado através do Índice de Massa Corporal (IMC), reforça sua posição como um problema de saúde epidêmico, associado a diversas comorbidades. O tratamento da obesidade muitas vezes envolve o uso de medicamentos, como a sibutramina, que, apesar de demonstrarem eficácia na perda de peso, também apresentam riscos significativos, incluindo efeitos adversos e potencial de dependência. O objetivo deste manuscrito foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso da sibutramina. Foram utilizados banco de dados indexados com a seleção de artigos publicados entre 2015 e 2024. O uso indiscriminado desses fármacos sem orientação médica é preocupante. A automedicação, aliada à ausência de acompanhamento profissional, aumenta os riscos para a saúde. Embora controversa, a sibutramina, quando utilizada sob supervisão médica, pode contribuir para a redução do peso e melhorar os índices relacionados à obesidade, como os níveis de colesterol e hemoglobina glicada. No entanto, seu uso deve ser cuidadosamente monitorado, considerando seus potenciais efeitos colaterais e a necessidade de uma abordagem integrada que inclua mudanças no estilo de vida, como dieta e exercício físico. A regulamentação do acesso à sibutramina, com prescrição médica e monitoramento rigoroso, é essencial para garantir sua segurança e eficácia no tratamento da obesidade.