ASSOCIAÇÃO ENTRE VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE, SINTOMAS DEPRESSIVOS E DECLÍNIO COGNITIVO EM IDOSOS NO SUL DO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i2.2025-11313Palavras-chave:
Cognição, Depressão, Fragilidade, Idosos, VulnerabilidadeResumo
Em 2023, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística a população idosa alcançou 33 milhões de brasileiros, o que corresponde a mais de 15% da população total nacional. A previsão para 2060 é que a marca seja de 58 milhões de pessoas com mais de 65 anos de idade. O objetivo do estudo foi avaliar o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) dos idosos atendimentos no Programa de Envelhecimento e Saúde Mental no Hospital São Lucas da PUCRS e a associação com sintomas depressivos e função cognitiva. Foram avaliadas 76 pessoas idosas, o IVCF-20, a Escala de Depressão Geriátrica versão reduzida e Exame Cognitivo de Addenbrooke – versão revisada. O IVCF-20 encontrado em 23 idosos (30,3%) foram classificados como baixo risco de vulnerabilidade clínico-funcional, sendo assim considerados robustos, 32 (42,1%); como moderado risco de vulnerabilidade clínico-funcional, foram classificados potencialmente frágeis e 21 (27,6%) como alto risco de vulnerabilidade clínico-funcional, ou seja, frágeis. O estudo apresentou uma associação significativa entre essas variáveis, evidenciando que os idosos com maior vulnerabilidade clínico-funcional, considerados frágeis apresentam maior prevalência de sintomas depressivos (p<0,001).
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