O ESTRESSE EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO REALIZADO EM ACADÊMICOS DE MEDICINA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i1.2025-11393Palavras-chave:
Saúde mental, Estresse psicológico, Ensino superior, Qualidade de vidaResumo
Introdução: Estresse se define por condição de desequilíbrio da homeostase individual, que acarreta diante do fator estressor, a necessidade de adaptação. Atualmente, estudantes do curso de medicina vivem um contexto de competição, alta e exaustiva carga horária curricular que somada às atividades extracurriculares e responsabilidades particulares, fazem com que tenham pouco acesso a atividades de lazer, descanso e horas de sono, desencadeando altos e constantes níveis de estresse. Objetivo: Identificar e analisar a ocorrência de estresse na vida dos estudantes de medicina. Método: Trata-se de estudo observacional, transversal, de abordagem quantitativa, com aplicação do questionário semiestruturado elaborado pelos autores e a Escala de Estresse Percebido. Resultados: Participaram voluntariamente 125 alunos matriculados no curso de medicina, sendo 99 (79,2%) do sexo feminino e 26 (20,8%) do sexo masculino, com predomínio das idades entre 20-22 anos (46,4%). De acordo com os dados obtidos, o sexo feminino (28,69) apresentou um índice de estresse maior que o sexo masculino (26,96). Também foi possível observar que as pessoas que moram acompanhadas (27,88) apresentam maior estresse que os que moram sozinhos (28,58). Os participantes obtiveram média geral de 28,3, variando de 24,6 na sétima etapa a 33,2 na terceira etapa. Conclusão: O estudo confirma a presença de altos níveis de estresse em estudantes de medicina, principalmente em mulheres e em quem vive com outras pessoas. A transição do ciclo básico para o clínico foi identificada como um fator estressor significativo. Recomenda-se a implementação de estratégias para promover a saúde mental e o bem-estar dos estudantes de medicina.
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