O PESO DA INFÂNCIA: EXPLORANDO AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS BIOPSICOSSOCIAIS DA OBESIDADE INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v28i3.2024-11569Palavras-chave:
Obesidade infantil, Consequências, Causas, Saúde, Qualidade de vidaResumo
A obesidade é uma condição médica complexa e multifatorial caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Ela se tornou um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, afetando pessoas de todas as idades, origens étnicas e níveis socioeconômicos. Este artigo é uma revisão integrativa da literatura científica sobre a obesidade infantil, uma condição de crescente preocupação na saúde global. A obesidade é definida pela Organização mundial de saúde com um índice de massa corporal (IMC) acima do percentil 95 para idade e sexo da criança. O presente estudo destaca a associação entre o aumento da adiposidade e taxas de apolipoproteínas com síndromes metabólicas, evidenciando a influência de fatores ambientais como dieta inadequada, sedentarismo e exposição a poluentes. Estudos ressaltam a importância da mudança de hábitos desde a infância, incluindo acesso a alimentação saudável, prática de atividades físicas e intervenções escolares e comunitárias. Além disso, a abordagem integrada e abrangente é enfatizada como fundamental para prevenir e tratar a obesidade infantil, envolvendo profissionais de saúde, educação, assistência social, família e comunidade. A discriminação e preconceito em relação à obesidade infantil são destacados como impactantes na autoestima e bem-estar emocional das crianças, ressaltando a necessidade de políticas públicas e atuações multiprofissionais para promover um ambiente inclusivo e saudável. Estudos evidenciam as diversas consequências da obesidade, não apenas físicas, mas também sociais e emocionais, enfatizando a importância de uma abordagem holística no tratamento desse agravo. Por fim, esta revisão ressalta a importância da atuação multiprofissional no tratamento da obesidade infantil, envolvendo não apenas profissionais de saúde, mas também da área da educação e assistência social. Destaca-se também a necessidade de uma abordagem integrada que considere não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais e sociais envolvidos no processo de prevenção e tratamento da obesidade infantil. A promoção de mudanças nos hábitos de vida, a conscientização sobre a importância de uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física desde a infância são aspectos fundamentais que devem ser abordados de forma colaborativa por diferentes áreas de conhecimento e atuação.
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