COMPLICAÇÕES RENAIS E ELETROLÍTICAS NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i2.2025-11759Palavras-chave:
Complicações Pós-Operatórias, Insuficiência Renal, Cirurgia Torácica, Equilíbrio Hidroeletrolítico, EnfermagemResumo
Introdução: A injúria renal aguda (IRA) no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca pode aumentar a mortalidade, o tempo de internação e os custos de tratamento, inclusive para o Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Avaliar a incidência de complicações renais e eletrolíticas no pós-operatório imediato em pacientes adultos e idosos submetidos à cirurgia cardíaca. Metodologia: Trata-se de estudo observacional, longitudinal e quantitativo, realizado em hospital escola de grande porte do Rio Grande do Sul. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos internados para cirurgia cardíaca eletiva. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumento impresso, de março a junho de 2024. Os participantes foram avaliados no pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório imediato (POI). Para a análise dos dados, utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 25. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva simples e inferencial (Teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher), além de análise de regressão logística binária. Variáveis que obtiveram um valor de p<0,20 na análise univariada foram escolhidas para compor a análise multivariada. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 77952224.7.0000.5342 e parecer 6.744.804. A pesquisa faz parte de um projeto matricial, a qual segue em processo de coleta até completar o total n=116 participantes. Resultados e discussão: Foram incluídos no estudo 40 pacientes seguindo os critérios de elegibilidade. Identificou-se a incidência de Injúria Renal Aguda (IRA) (n=18, 45,0%) no POI. A regressão logística binária demonstrou que pacientes com diabetes mellitus apresentam 8,70 (OR 8,70; IC95% 1,21-62,45; p-valor 0,032) e acima do peso IMC ≥ 25 kg/m² apresentam 17,24 vezes mais risco de desenvolver IRA no POI (OR 17,24; IC95% 1,21-246,08; p-valor 0,036). Considerações finais: Identificou-se neste estudo a incidência de IRA de 45% no POI, os participantes que apresentam a comorbidade diabetes mellitus e acima do peso (IMC ≥ 25 kg/m²) apresentam maior risco no desenvolvimento de IRA no POI de cirurgia cardíaca.
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