VULNERABILIDADE A INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS USUÁRIOS DE UM CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v23i3.2019.6757Resumo
O processo de envelhecimento populacional e o aumento do número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis em idosos evidenciam a necessidade de ações voltadas para a terceira idade. Trata-se um estudo analítico observacional transversal, exploratório, objetivo investigar situações de vulnerabilidade relacionadas a IST em idosos usuários de um Centro de Testagem e Aconselhamento para DST/Aids de um município de médio porte do estado da Bahia, Brasil, no período de 2006 a 2012. Foram utilizados dados secundários de 233 usuários, com 60 anos ou mais, coletados dos Formulários de Entrada do Sistema de Informação do CTA, prontuários clínicos e folha de descrição do atendimento. Houve predomínio de usuários do sexo masculino (60,94%), faixa etária de 60 a 70 anos (75,97%), cor parda (26,61%), casados (61,80%), aposentados (57,08%) e com escolaridade de 4 a 7 anos de estudo (35,19). A maioria relatou a relação sexual como tipo de exposição (76,39%), preferência heterossexual (92,27%) e parceria fixa (72,96%). O uso do preservativo foi baixo com o parceiro não fixo (32,73%) e com o parceiro fixo (5,58%). A prevalência de IST foi 25,32%, com maior percentual entres os homens. A IST mais prevalente foi a hepatite C (10,73%), seguida da hepatite B (8,58%), sífilis (7,73%) e HIV (3,43). A faixa etária menor que 70 anos mostrou associação estatisticamente significativa com a presença de IST. Os resultados evidenciaram práticas sexuais inseguras e elevada vulnerabilidade dos idosos às IST, havendo necessidade de ações preventivas direcionadas a esse grupo populacional, considerando suas necessidades e especificidades.
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