ELETROFIAÇÃO APLICADA A CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8983Resumo
As feridas correspondem a interrupção da continuidade da pele, com a perda de uma ou mais camadas do tecido cutâneo. Curativos tradicionalmente aplicados em feridas cutâneas buscam principalmente fornecer uma barreira de proteção e permitir o desenvolvimento dos eventos celulares e bioquímicos que compreendem a cicatrização. Objetivou-se com este estudo apresentar sob a forma de revisão de literatura narrativa os principais eventos relacionados ao processo de reparo tecidual da pele, bem como abordar a aplicabilidade da técnica de eletrofiação no desenvolvimento de curativos funcionais biocompatíveis. Foram selecionados artigos voltados à caracterização dos eventos chave ocorridos a nível tecidual durante a cicatrização e, na sequência, buscou-se artigos voltados à produção, caracterização e aplicação de filmes nanoeletrofiados com ênfase na utilização de biopolímeros e substâncias bioativas. Observou-se que a maioria dos trabalhos recentes, voltados a pesquisa de base, descrevem a resposta vascular como o principal evento do processo cicatricial, sendo responsável pelas etapas que se desenrolam a seguir, que compreendem as fases inflamatória, proliferativa e de remodelamento, classicamente já descritas. Os curativos funcionais baseados em polímeros eletrofiados apresentam resultados superiores quanto testados in vitro e in vivo. As características morfoestruturais mimetizam a matriz extracelular e podem atuar em tecidos alvo como dispositivos de entrega de substâncias. Conclui-se que a atualização e reorganização de conceitos relativos à cicatrização podem contribuir no desenvolvimento de inovações, como os curativos produzidos por eletrofiação. Embora promissora, as desvantagens da técnica encontram-se principalmente no processo de obtenção e disponibilidade, que limitam a aplicação clínica em escala comercial.Downloads
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