TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2000 E 2020
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-034Palavras-chave:
Neoplasias de Cabeça e Pescoço, Mortalidade, EpidemiologiaResumo
Analisar a tendência temporal de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço no Brasil e em suas regiões geográficas entre os anos de 2000 a 2020. Métodos: Foram analisados os números de óbitos por neoplasias malignas de cabeça e pescoço (CID-10: C00-C14; C30-C32) disponibilizados no portal oficial do Ministério da Saúde do Brasil para o período, bem como os dados sobre população residente. O padrão temporal e geográfico foi analisado através da taxa de mortalidade padronizada por idade (TMPI) e avaliado em modelo de regressão por pontos de inflexão. Resultados: No Brasil, a TMPI permaneceu estável independente do sexo (AAPC: -0,3; IC95: -1,0-0,3) no período avaliado. O estudo das regiões brasileiras evidenciou crescimento médio da TMPI independente do sexo nas regiões Nordeste (AAPC: 2,8; IC95: 2,1-3,5) e Norte (AAPC: 1,3; IC95: 0,8-1,9), em oposição ao decréscimo anual médio no Sul (AAPC: -1,4; IC95: -2,7--0,3) e no Sudeste (AAPC: -1,5; IC95: -1,9--1,1). No Centro-Oeste, a TMPI também apresentou decréscimo anual médio no grupo feminino (AAPC: -1,8; IC95: -2,8--0,8), embora tenha permanecido estável no grupo masculino e independente do sexo. Considerações finais: A compreensão desses dados pode auxiliar o estudo e implementação de estratégias de enfrentamento para esse grupo de doenças de acordo com as necessidades específicas de cada grupo e região.
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