INCIDENTES CRÍTICOS NA CONVIVÊNCIA FAMILIAR E SOCIAL DE IDOSOS COM HIV/AIDS
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-046Palavras-chave:
HIV, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Idoso, Saúde Coletiva, Técnica de Incidente CríticoResumo
O aumento das Infecções Sexualmente Transmissíveis e dos casos de contágio pelo HIV/AIDS na população idosa reflete aspectos da prática sexual e vulnerabilidades que podem estar sendo enfrentadas por essas pessoas em seu convívio social e familiar. Objetivo: descrever, por meio de incidentes críticos, as situações, comportamentos e consequências relacionadas à descoberta do HIV/AIDS por pessoas idosas soropositivas. Método: estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no Centro de Infectologia de um município da região sul do estado do Ceará, utilizando a Técnica de Incidente Crítico (TIC), nos meses de fevereiro a setembro de 2020. Participaram 25 idosos cadastrados no serviço, com idades entre 55 e 77 anos. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e o conteúdo analisado com auxílio do software IRaMuTeQ por meio de categorias temáticas. Resultados: os dados empíricos contendo as situações, comportamentos e consequências (incidentes críticos) elucidaram quatro categorias empíricas: descoberta do diagnóstico de HIV/AIDS; sentimentos, estigmas e preconceitos vivenciados; soropositividade e reflexos no convívio familiar e social; e mudanças no comportamento sexual após diagnóstico de HIV/AIDS. Conclusão: as relações familiares e sociais vivenciadas e os desafios enfrentados pelas pessoas idosas com HIV/AIDS constituíram incidentes críticos complexos, afetando-as desde o momento do diagnóstico, com impactos negativos sobre seus modos de vida familiar e social, que dificultam a convivência inclusiva e não estigmatizante dentro e fora de casa.
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