A PRESENÇA DOS PAIS NAS UNIDADES NEONATAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID- 19: REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-061Palavras-chave:
Recém-Nascido, Família, Unidades Terapia Intensiva Neonatal, Covid-19, Enfermagem NeonatalResumo
Introdução: É sabido que a presença dos pais na UTI neonatal é benéfica para a saúde do recém-nascido, porém a pandemia do COVID-19 trouxe incertezas para a população materno-infantil. Alguns serviços restringiram visitas durante a pandemia, não respeitando o direito de do recém-nascido e seus pais de permanecerem juntos por tempo irrestrito. Objetivo: Identificar, por meio da literatura cientifica como os serviços neonatais se organizaram frente o direito da presença dos pais nas unidades neonatais durante a pandemia do COVID-19. Método: revisão integrativa, realizada de agosto de 2021 a junho de 2022, nos idiomas inglês e português, utilizando os descritores em português: recém-nascido; Unidade de Terapia Intensiva neonatal; COVID-19, família; pais e em inglês: newborn; Intensive Care Units, neonatal, parents, COVID-19; Family, referente a organização dos serviços frente o direito da presença dos pais nas unidades neonatais durante a pandemia do COVID-19, sem restrição de tempo de publicação. Resultados: Foram encontrados 184 estudos, destes 13 foram excluídos por duplicidade e após as etapas de seleção e elegibilidade excluíram-se 182 estudos, totalizando uma amostra de 02 artigos. Foi observado um número pequeno de publicações sobre a temática, e dos encontrados ambos tiveram a presença dos pais restringida e até mesmo proibida durante a pandemia, e nas situações que os pais permaneceram na unidade o tempo foi restringido e os cuidados suspensos totalmente ou parcialmente, o que acarretou sentimentos negativos. Conclusão: As restrições da presença dos pais nas unidades neonatais foram significativas. Deste modo, é importante considerar que a presença dos pais nas unidades neonatais seria mais benéfica tanto para os pais como para os recém-nascidos e estas restrições apenas geram sentimentos de incapacidade e medo, não repercutindo em redução dos riscos de contagio pela COVID-19.
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