A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DENGUE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i3.2025-11854

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Arbovirus, Vacinas, Vulnerabilidades em saúde

Resumo

Os desafios na prevenção e tratamento da dengue incluem a falta de antivirais específicos, vacinas limitadas e a complexidade do controle vetorial, necessitando de estratégias integradas. Este estudo analisou a produção de conhecimento sobre medicamentos para dengue, realizando uma revisão da literatura em março de 2024. As bases de dados consultadas foram a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Science Direct, Portal Capes e Scielo. Utilizaram-se os seguintes descritores, conforme o DeCS – Descritores em Ciências da Saúde: DENV, tratamento, medicamento e vacina, com o operador booleano “and”. Foram incluídos artigos científicos indexados no período de 2019 a 2024. Identificaram-se três eixos: tratamento sintomático, antivirais (como metformina e metoclopramida) e vacinas (como Dengvaxia®, com 60,8% de eficácia para pessoas de 9 a 45 anos). A introdução de vacinas eficazes, antivirais e um manejo assertivo, além de ações de controle do vetor, mostraram-se essenciais para o combate à dengue. O trabalho é relevante para gestores de saúde, profissionais e pesquisadores, visando aprimorar práticas de manejo e controle da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela Cristini Wickert Schafer, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Mestre Ciências da Saúde. Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapeco).

Vanessa da Silva Corralo, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Doutora em Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapeco).

Walter Antônio Roman Junior, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Doutor em Ciências Farmacêuticas. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapeco).

Maria Assunta Busato, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Doutora em Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapeco).

Isabela Valdameri, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Graduanda em Medicina. Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Enrique Jorge Deschutter, Universidad Nacional de Misiones

Doutor em Bioquímica. Maestría en Salud Pública y Enfermedad Transmisibles, Universidad Nacional de Misiones (UNaM).

Junir Antônio Lutinski, Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Doutor em Biodiversidade Animal. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapeco).

Referências

ANGELIN, M. et al. Qdenga® – Uma vacina promissora contra a dengue; pode ser recomendada para viajantes não imunes? Travel Medicine and Infectious Disease, v. 54, 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2023.102598

ASHBURN, T. T.; THOR, K. B. Drug repositioning: identifying and developing new uses for existing drugs. Nature Reviews Drug Discovery, v. 3, n. 8, p. 673-683, 2004.

BARNIOL, J. et al. Usefulness and applicability of the revised dengue case classification by disease: multicentre study in 18 countries. BMC Infectious Diseases, v. 11, art. 106, 2011. https://doi.org/10.1186/1471-2334-11-106.

BISWAL, S. et al. Immunogenicity and safety of a tetravalent dengue vaccine in dengue-naïve adolescents in Mexico City. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 45, p.1-11, 2021. https://doi.org/10.26633/RPSP.2021.67.

BRASIL. Ministério da Saúde. Anvisa aprova nova vacina contra a dengue. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-aprova-nova-vacina-para-a-dengue#:~:text=A%20Anvisa%20aprovou%20nesta%20quinta,ampla%20prote%C3%A7%C3%A3o%20contra%20a%20dengue. Acesso em: 21 de jul. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico adulto e criança. 6 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2024c. Disponível em: https://www.gov.br/saude/. Acessado em: 30 de Març. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Brasília, 2024a. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue. Acessado em: 18 jan. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Datasus. Tabnet. 2024b. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/. Acesso em 10 de junho de 2024.

CESAR, V. M.; PILOTO, J. A. R. Hepatotoxidade do paracetamol em pacientes com dengue. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. .9, n.1, p.91-98, 2014.

DEEN, J.; VON SEIDLEIN, L. Paracetamol para dengue: nenhum benefício e potencial dano? The Lancet Saúde Global, v. 7, n. 5, p. 553, maio 2019. DOI: 10.1016/S2214-109X(19)30157-3

DÍAZ-QUIJANO, F. A.; VILLAR-CENTENO, L. Á.; MARTÍNEZ-VEGA, R. A. Efeito-benefício da administração precoce de dipirona na gravidade da infecção pelo vírus da dengue em uma coorte prospectiva. Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica, v. 23, n. 10, p. 593-597, out. 2005.

DO CARMO, R. F. et al. Spatiotemporal dynamics, risk areas and social determinants of dengue in Northeastern Brazil, 2014-2017: an ecological study. Infect Dis Poverty. p. 153, 2020.

FARFAN - MORALES, C. N. et al. O efeito antiviral da metformina na infecção pelo vírus da dengue. Scientific Reports, v. 20, n. 1, p. 55-64, 2024.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ). Dengue. Produção do Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Rio de janeiro, 2023. Disponível em < https://www.cpqrr.fiocruz.br/pg/dengue>. Acesso em: 08 jul. 2023.

GANONG, L. H. Integrative reviews of nursing research. Research in Nursing & Health, v.10, n.1, p. 1-11, 1987. https://doi.org/10.1002/nur.4770100103

GUIMARÃES, F. P. G. et al. Política de proibição da dipirona: uma reflexão. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 4, n. 3, 2021. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n3-109.

GUTIÉRREZ-LESMES, O. A.; PLATA-CASAS, L. I.; MONTAÑO-CONTRERAS, S. C. Mortalidade em pacientes menores de idade com diagnóstico de dengue e sua relação com o uso de Dipirona. Univ. Salud, Colômbia, v. 18, n. 3, p. 550-555, 2016. http://dx.doi.org/10.22267/rus.161803.60.

HALABITSKA, I.; PETAKH, P.; LUSHCHAK, O.; KAMYSHNA, I.; OKSENYCH, V.; KAMYSHNYI, O. Metformin in Antiviral Therapy: Evidence and Perspectives. Viruses, v. 18, n. 16(12):1938, 2024. http://dx.doi.org/ 10.3390/v16121938.

HALSTEAD, S. B. Recent advances in understanding dengue. F1000Res, v.8, 2019. http://dx.doi.org/10.12688/f1000research.19197.1.

HITAKARUN, A. et al. Evaluation of the antiviral activity of orlistat (tetrahydrolipstatin) against dengue virus, Japanese encephalitis virus, Zika virus and chikungunya virus. Scientific Reports, v. 10, n. 1499, 2020. https://doi.org/10.1038/s41598-020-58468-8.

JASAMAI, M. et al. Prevenção atual e opções potenciais de tratamento para infecção por dengue. Journal of Pharmacy & Pharmaceutical Sciences, v. 22, n.1, p. 440-456, 2019. DOI: doi: 10.18433/jpps30216.

LUTINSKI, J. A. Global diversity of Aedes species (Diptera: Culicidae) relevant to public health. Concilium, v. 24, n. 17, p. 309-332, 2024. DOI: 10.53660/CLM-3971-24R26

MORSCHBACHER, J. et al. Fatores espaciais e sociodemográficos associados à ocorrência de dengue na região sul do Brasil. Caminhos de Geografia, v. 25, n. 102, p. 81–103, 2024. DOI: 10.14393/RCG2510273056

NIVARTHI, U. K. et al. Tetravalent live attenuated dengue virus vaccine stimulates balanced immunity to multiple serotypes in humans. Nature Communications, v. 12, art. 139, 2021. DOI: https://doi.org/10.1038/s41467-021-21384-0.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Tópicos: Dengue. 2023. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/dengue. Acesso em: 10 de setembro de 2023.

ORTIZ, A. et al., Epidemiologia da dengue nos estados brasileiros em regiões de fronteira. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 20, p. e2087, 2024. DOI: 10.14393/Hygeia2071316

PAZ-BAILEY, G. et al. Dengue Vaccine: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices, United States, 2021. Morbidity and Mortality Weekly Report, v. 70, n. 6, p. 1-16, 2021.

PEREIRA, T. S. et al. Nova vacina da dengue, o que já sabemos sobre ela: uma revisão sistemática da literatura. Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 28, supl. 1, p. 1037-1070, 2024. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bjid.2024.103787.

PIMENTEL, J. et al. Factores clínicos y demográficos asociados con la mortalidad por dengue en Colombia: estudio de casos y controles. Salud Pública de México, v. 63, n. 1, p. 15-24, 2021. DOI: https://doi.org/10.21149/11193

PINHEIRO, M.; SANTOS, J.; DANTAS, L. Utilização do paracetamol no tratamento da dengue e o comprometimento do fígado: revisão. Brazilian Journal of Science, v. 2, n. 4, p. 32-40, 2023. https://doi.org/ 10.14295/bjs.v2i4.279.

RIBEIRO, A. F. et al. Associação entre incidência de dengue e variáveis climáticas. Revista de Saúde Pública, v. 40, n.4, p. 671-676, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000500017.

RIBEIRO, A. C. M. et al. Condições socioambientais relacionadas à permanência da dengue no Brasil. Revista Saúde e Meio Ambiente – RESMA, v. 11, n. 2, p. 326-340, 2020.

SANTA CATARINA. Plano de contingência para o enfrentamento da dengue, febre de chikungunya e vírus Zika no estado de Santa Catarina. Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Florianópolis, 2017, p. 16. Disponível em: http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/PlanoContingenciadengue.pdf. Acesso em: 20 de março 2022.

SANTOS, A. W.; CARDIANI, J. O. Manifestações dermatológicas na dengue, Zika e chikungunya. Educación médica continuada, v. 17, n. 1, p. 52-59, jan./mar. 2019.

SARKER, A.; DHAMA, N.; GUPTA, R. D. Dengue virus neutralizing antibody: a review of targets, cross-reactivity, and antibody-dependent enhancement. Front Immunol, v. 14, p. 1-18, 2023. https://doi.org/10.3389/fimmu.2023.1200195

SEIXAS, J. B. A.; LUZ, K. G.; PINTO JUNIOR, V. L. Atualização Clínica sobre Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da Dengue. Acta Med Port, v. 37, n. 2, p. 126-135, fev. 2024. https://doi.org/10.20344/amp.20569.

SHEN, T. J. et al. Reaproveitando o antiemético metoclopramida como antiviral contra a infecção pelo vírus da dengue em células neuronais. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology, v. 10, 2021.

TAFERE, G. G.; WONDAFRASH, D. Z.; DEMOZ, F. B. Repurposing of N-Acetylcysteine for the Treatment of Dengue Virus-Induced Acute Liver Failure. Hepat Med, v. 3, n. 12, p. 173-178, 2020. https://doi.org/10.2147/HMER.S263840.

TONGLUAN, N. et al. Envolvimento da sintase de ácido graxo na infecção pelo vírus da dengue. Virology Journal, v. 14, p. 28, 2017. DOI: https://doi.org/10.1186/s12985-017-0685-9.

TORRES - FLORES, J. M.; SANDOVAL, A. R; SALAZAR, M. I. Dengue Vaccines: An Update. BioDrugs, v. 36, n. 3, p.325-336, 2022. https://doi.org/10.1007/s40259-022-00531-z.

VASIKASIN, Vasin; ROJDUMRONGRATTANA, Thanawith; CHUERBOONCHAI, Worayon; SIRIWIWATTANA, Thanawhan; THONGTAEPARAK, Wittaya; NIYASOM, Suchada; LERTLIEWTRAKOOL, Nawarat; JITSIRI, Sitawee; CHANGPRADUB, Dhitiwat. Effect of standard dose paracetamol versus placebo as antipyretic therapy on liver injury in adult dengue infection: a multicentre randomised controlled trial. A Lancet Saúde Global, Londres, v. 7, n.5, p. 667-670, 2019. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30032-4.

VALSILAKIS, N.; WEAVER, S. A história e evolução do surgimento da dengue humana. Adv Virus Res., 2008.

ZHANG, L.; WANG, X.; LI, M. Metoclopramida como antiviral para o vírus da dengue: uma nova abordagem terapêutica. Journal of Antiviral Research, v. 95, n. 3, p. 230-237, 2022. https://doi.org/10.3389/fcimb.2020.606743.

Downloads

Publicado

10-10-2025

Como Citar

SCHAFER, Gabriela Cristini Wickert; CORRALO, Vanessa da Silva; ROMAN JUNIOR, Walter Antônio; BUSATO, Maria Assunta; VALDAMERI, Isabela; DESCHUTTER, Enrique Jorge; LUTINSKI, Junir Antônio. A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE A PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA DENGUE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 29, n. 3, p. 1198–1218, 2025. DOI: 10.25110/arqsaude.v29i3.2025-11854. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/11854. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)