A INFLUÊNCIA DA CINESIOTERAPIA NA REDUÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - ESTUDO DE REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i2.2025-12084Palavras-chave:
Mobilização Precoce, Modalidades de Fisioterapia, ReabilitaçãoResumo
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) corresponde o espaço dentro de hospitais destinados ao monitoramento contínuo de pacientes críticos admitidos por motivos diversos. A Fisioterapia dota de diferentes recursos que podem beneficiar pacientes durante o período de internação em UTIs, a exemplo das técnicas respiratórias e dos exercícios cinesioterapêuticos. Esta revisão teve como objetivo geral reunir evidências científicas de ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos e que verificassem a influência de intervenções cinesioterapêuticas na redução do tempo de internação de adultos e idosos em UTIs. As buscas de dados foram realizadas nas bases da PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane e BVS por meio da combinação dos termos “Physical Therapy Modalities”, “Intensive Care Units” e “Adults”. As etapas de seleção de dados foram realizadas com auxílio do Software Rayyan, sendo excluídos textos em duplicata ou que fossem do tipo revisão, resumos, capítulos de livro ou outros que não se enquadrassem como ensaios clínicos ou que não estivessem relacionados ao tema proposto. Dos 1.216 estudos encontrados, apenas 4 foram incluídos nesta revisão por se encaixarem nos critérios de elegibilidade definidos. Os ensaios analisados utilizam a cinesioterapia como método de intervenção principal, sendo associada ou não a realização de manobras respiratórias, ao emprego de ventilação mecânica, bem como a algoritmos de predição de condutas. Apesar dos estudos incluídos nesta revisão apresentarem resultados positivos, se fazem necessários novos ensaios no sentido de se verificar a relação entre as variáveis estudadas em amostras de maior tamanho.
Downloads
Referências
AGUIAR, L. M. M. et al. Perfil de unidades de terapia intensiva adulto no Brasil: revisão sistemática de estudos observacionais. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 33, n. 4, p. 624–634, out. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbti/a/sDnLGny8cZgQtVVfX5q3X7G/. Acesso em: 21 abr. 2025.
ALMEIDA, N. H. F. et al. Perfil sociodemográfico e clínico de pacientes com COVID-19 que foram a óbito em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 24, n. 6, p. e16385, 19 jun. 2024. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/16385/8805. Acesso em: 21 abr. 2025.
AL-NASSAN, S.; ALSHAMMARI, F.; AL-BOSTANJI, S.; MANSOUR, Z. M.; HAWAMDEH, M. Physical therapy practice in intensive care units in Jordanian hospitals: A national survey. Physiotherapy Research International, 2018, e1749. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30230143/. Acesso em: 21 abr. 2025.
BARROS, M. E.; ARAÚJO, I. G. Avaliação de intervenções farmacêuticas em unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, [S. l.], v. 3, p. 561, 2021. Disponível em: https://jhphs.org/sbrafh/article/view/561/582. Acesso em: 21 abr. 2025.
BONFADA, D.; BARBOSA, I. C. R.; DE LIMA, K. C.; GARCIA-ALTÉS, A. Gasto de internação de idosos em unidades de terapia intensiva nos hospitais privados de uma capital do nordeste brasileiro. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 23, n. 2, e200020, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/qyRkQWr5Kwz5N3hFGyDMgxx. Acesso em: 21 abr. 2025.
CUSTÓDIO, M. A. C. Mobilização precoce em pacientes de UTI: Uma revisão integrativa. 2021. 23 f. Trabalho de Conclusão de Residência (Residência em Ciências da Saúde) - Universidade de Uberlândia, Uberlândia, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/32337. Acesso em: 21 abr. 2025.
DONG, Z. et al. Early rehabilitation relieves diaphragm dysfunction induced by prolonged mechanical ventilation: a randomised control study. BMC Pulmonary Medicine, v. 21, n. 1, 106, 29 mar. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33781259/. Acesso em: 21 abr. 2025.
EGGMANN, S.; VERRA, M. L.; LUDER, G.; TAKALA, J.; JAKOB, S. M. Effects of early, combined endurance and resistance training in mechanically ventilated, critically ill patients: A randomised controlled trial. PLoS One, v. 13, n. 11, e0207428, 14 nov. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30427933/. Acesso em: 21 abr. 2025.
ERIKSEN, M. B.; FRANDSEN, T. F. The impact of patient, intervention, comparison, outcome (PICO) as a search strategy tool on literature search quality: a systematic review. Journal of the Medical Library Association, v. 106, n. 4, p. 420-431, out. 2018. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6148624/. Acesso em: 18 jul. 2025.
HODGSON, C. et al. Early mobilization and recovery in mechanically ventilated patients in the ICU: a bi-national, multi-centre, prospective cohort study. Critical Care, v. 19, n. 1, 81, 26 fev. 2015. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25715872/. Acesso em: 21 abr. 2025.
KHO, M. E. et al. Canadian Critical Care Trials Group. CYCLE pilot: a protocol for a pilot randomised study of early cycle ergometry versus routine physiotherapy in mechanically ventilated patients. BMJ Open, v. 6, n. 4, e011659, 8 abr. 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27059469/. Acesso em: 21 abr. 2025.
LEAL, L. F. S. et al. Mobilização Precoce Na Unidade De Terapia Intensiva Adulto: Atuação Do Fisioterapeuta. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, v. 15, n. 2, p. 11-22, 2023. Disponível em: https://revista.cpaqv.org/index.php/CPAQV/article/view/1223. Acesso em: 21 abr. 2025.
MACHADO, A. D. S. et al. Effects that passive cycling exercise have on muscle strength, duration of mechanical ventilation, and length of hospital stay in critically ill patients: a randomized clinical trial. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 43, n. 2, p. 134-139, mar./abr. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28538781/. Acesso em: 21 abr. 2025.
MATIAS-CICCHETO, J. et al. Pacientes hospitalizados numa unidade de terapia intensiva no paraná, brasil: estudo transversal aninhado à coorte. Ciencia y Enfermeria, v. 30, n. 26, 2024. Disponível em: https://revistas.udec.cl/index.php/cienciayenfermeria/article/view/14489/16489. Acesso em: 21 abr. 2025.
MAURICIO, C. C. R.; SERAFIM, C. T. R.; CASTRO, M. C. N.; LIMA, S. A. M. Perfil dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva não-COVID. Revista Recien, São Paulo, v. 12, n. 39, p. 137-147, 2022. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/693. Acesso em: 21 abr. 2025.
MEDRINAL, C. et al. Comparison of exercise intensity during four early rehabilitation techniques in sedated and ventilated patients in ICU: a randomised cross-over trial. Critical Care, v. 22, n. 1, 110, 27 abr. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29703223/. Acesso em: 21 abr. 2025.
MORRIS, P. E. et al. Standardized Rehabilitation and Hospital Length of Stay Among Patients With Acute Respiratory Failure: A Randomized Clinical Trial. JAMA, v. 315, n. 24, p. 2694-2702, 28 jun. 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27367766/. Acesso em: 21 abr. 2025.
SANTOS, J. S.; BORGES, A. R. A Intervenção Da Fisioterapia Na Mobilização Precoce Em Adultos Dentro De Uma Unidade De Terapia Intensiva - Uti. Scientia Generalis, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 11–22, 2020. Disponível em: https://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/v1n2a2/13. Acesso em: 21 abr. 2025.
SCHALLER, S. J. et al. Early, goal-directed mobilisation in the surgical intensive care unit: a randomised controlled trial. Lancet, v. 388, p. 1377–1388, 2016. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27707496/. Acesso em: 21 abr. 2025.
SCHUJMANN, D. S. et al. Impact of a Progressive Mobility Program on the Functional Status, Respiratory, and Muscular Systems of ICU Patients: A Randomized and Controlled Trial. Critical Care Medicine, v. 48, n. 4, p. 491-497, abr. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32205595/. Acesso em: 21 abr. 2025.
VERCELES, A. C. et al. A multimodal rehabilitation program for patients with ICU acquired weakness improves ventilator weaning and discharge home. Journal of Critical Care, v. 47, p. 204-210, out. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30025227/. Acesso em: 21 abr. 2025.
VILORIA, M. A. D.; LEE, S. D.; TAKAHASHI, T.; CHENG, Y. J. Physical therapy in the intensive care unit: A cross-sectional study of three Asian countries. PLoS One, v. 18, n. 11, e0289876, 9 nov. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37943762/. Acesso em: 21 abr. 2025.
WANG, L.; HUA, Y.; WANG, L.; ZOU, X.; ZHANG, Y.; OU, X. The effects of early mobilization in mechanically ventilated adult ICU patients: systematic review and meta-analysis. Frontiers in Medicine (Lausanne), v. 10, 1202754, 28 jun. 2023. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10336545/. Acesso em: 18 jul. 2025.
WINDMÖLLER, P. et al. Physical Exercise Combined With CPAP in Subjects ifWho Underwent Surgical Myocardial Revascularization: A Randomized Clinical Trial. Respiratory Care, v. 65, n. 2, p. 150-157, fev. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31988253/. Acesso em: 21 abr. 2025.
ZHANG, C. et al. Effects of the High-Intensity Early Mobilization on Long-Term Functional Status of Patients with Mechanical Ventilation in the Intensive Care Unit. Critical Care Research and Practice, v. 2024, 4118896, 22 mar. 2024. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10980544/?utm_source=chatgpt.com. Acesso em: 18 jul. 2025.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






