AVALIAÇÃO DO USO DE ANOREXÍGENOS POR ACADÊMICAS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM MARINGÁ, PR
Resumo
Indivíduos que se sentem obesos, principalmente as mulheres, buscam por métodos “milagrosos” de perda de peso, estandoentre eles os anorexígenos. Os grandes problemas do uso destes, além dos vários efeitos secundários, são a tolerância e a dependência que se instalam. Assim, o presente trabalho visou avaliar o uso de anorexígenos entre as acadêmicas de uma Instituição de Ensino Superior do município de Maringá. Ao acaso, 590 acadêmicas, das diversas áreas da Instituição de Ensino Superior, responderam um questionário não-probabilístico, contendo 16 questões sobre seus perfi s sociodemográfico e sobre o consumo de anorexígenos. Verifi cou-se um consumo de 8,5% de fármacos anorexígenos, sendo a sibutramina a mais consumida (26,26%; n= 20), seguida do femproporex (22,37%; n= 17). Houve maior uso entre as acadêmicas de Ciências Sociais Aplicadas (36,36%; n= 28) e Ciências da Saúde (31,17%; n= 24). Em relação à renda familiar, 54,55% das usuárias (n=42) a possuíam superior a 7 salários mínimos. Um maior consumo é notado na idade de 21 a 29 anos (37,66%; n= 30). Dentre as usuárias, 55,84% (n= 43) possuíam peso normal e 80,52% (n=62; p< 0,0001) adquiriu os medicamentos por indicação médica. Observou-se que 85,71% (n=66) das usuárias perderam peso. Os efeitos secundários mais freqüentes, decorrentes do uso de anorexígenos foram: irritabilidade e tontura (44,15%; n = 34) e tremor (37,66%; n= 29). O consumo de anorexígenos entre as
acadêmicas se revelou abusivo. Para reverter essa situação, os responsáveis pelo uso inadequado desses agentes (usuários, prescritores e dispensadores) deveriam ser mobilizados através de campanhas, debates e propagandas.
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