CIGARROS ELETRÔNICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS HISTOPATOLÓGICAS RELACIONADAS À DOENÇAS PULMONARES

Autores

  • Alisson Costa de Araujo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Isabelle Canuto Rabelo Barbosa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Amanda Lídia Dantas Targino Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Maria Clara Medeiros Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Paulo Vinícius de Souza Reinaldo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Renato Silva Medeiros de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Sisenando Soares de Queiroz Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Michelline do Vale Maciel Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • João Firmino Rodrigues-Neto Universidade Federal do Rio Grande do Norte https://orcid.org/0000-0001-8897-4341

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i1.2022.8215

Resumo

O cigarro eletrônico surgiu como uma tentativa para minimizar a dependência ao uso de tabaco, entretanto, engloba controvérsias e dúvidas acerca das reais implicações para o organismo humano. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura a fim de relacionar o uso de cigarro eletrônico com suas consequências para os humanos. Os estudos analisados relatam experimentos in vitro e in vivo em camundongos, demonstrando menor concentração de poluentes e nocividades no cigarro eletrônico comparado ao convencional, porém, seu potencial efeito maléfico está relacionado à composição do e-líquido, à maneira do uso e à variedade de aromas presentes nos produtos. Além disso, foram verificadas lesões celulares, hiperreatividade das vias aéreas, liberação de citocinas – IL-8, IL-10 e TNF, redução da ação antimicrobiana de queratinócitos e potencial apoptose nas células alveolares. Foi observado também um aumento em até cinco vezes da concentração de carboxihemoglobina em comparação ao cigarro comum e um aumento na autorenovação de células de adenocarcinoma pulmonar de células não pequenas, devido à expressão de SOX2. Observa-se também que em casos de DPOC, o cigarro eletrônico não apresenta agravamentos na fisiologia respiratória, contrapondo outras ocorrências como asma, pneumonite, câncer de pulmão e doenças infecciosas que podem ser ocasionadas ou exacerbadas pelo seu uso. Contudo, pelo curto prazo de observação de seus efeitos, não é possível determinar com precisão a segurança dos cigarros eletrônicos, dessa forma, faz-se necessário que mais pesquisas longitudinais sejam desenvolvidas, auxiliando, assim, na construção de evidências sobre a segurança dos cigarros eletrônicos e na regulamentação futura do produto.

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Publicado

28-03-2022

Como Citar

ARAUJO, Alisson Costa de; BARBOSA, Isabelle Canuto Rabelo; TARGINO, Amanda Lídia Dantas; ARAÚJO, Maria Clara Medeiros; REINALDO, Paulo Vinícius de Souza; ARAÚJO, Renato Silva Medeiros de; QUEIROZ, Sisenando Soares de; MACIEL, Michelline do Vale; RODRIGUES-NETO, João Firmino. CIGARROS ELETRÔNICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS HISTOPATOLÓGICAS RELACIONADAS À DOENÇAS PULMONARES. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 26, n. 1, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i1.2022.8215. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/8215. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo de Revisão