DISCUSSÕES SOBRE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

  • Victor Matheus Silva Maués
  • Pilar Maria de Oliveira Moraes
  • Carlos Jefferson Santana de Souza
  • Luciana Tábatha Souza e Silva
  • Dayvison Santos de Oliveira
  • Nathaska Lorrana Santiago da Rocha
  • Camila Negrão Monteiro
  • Nayara Caroline Silva Maués
  • Hanna Ariane Monteiro Carrera
  • Creusa Barbosa dos Santos Trindade

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-067

Palavras-chave:

Aprendizagem, Educação Permanente, Saúde

Resumo

O presente estudo teve como objetivo compreender como as pesquisas têm abordado o diálogo da aprendizagem significativa como um aspecto imprescindível na formação dentro das ações de educação permanente em saúde. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados LILACS e SCIELO. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos em português, no período de cinco anos e que tivessem a temática da Aprendizagem Significativa na Educação Permanente em Saúde. Resultados: Utilizando o cruzamento entre os DeCS “Educação Permanente” and “Aprendizagem significativa'' and “Saúde”, foram encontrados 2380 periódicos, destes 1295 na base de dados LILACS e 896 SCIELO. Porém, apenas 11 artigos estavam de acordo os critérios de inclusão estabelecidos acima, sendo destes 9 (81,81%) da base de dados LILACS e 2 (18,19%) da base SCIELO. Discussões: A leitura da produção científica encontrada, possibilitou identificar que há ainda ausência quanto a discussões sobre o campo da aprendizagem significativa dentro da EPS, no sentido de identificar os conceitos da aprendizagem e seus desdobramentos para a formação no campo da saúde. Essa lacuna dialoga com a necessidade de pensarmos na formação dos profissionais para além das questões técnicas e/ou relacionadas ao conteúdo, mas da formação para a aprendizagem e da criação de espaços cotidianos criativos onde o aprender e o ensinar são ferramentas perceptíveis do processo de trabalho. Conclusão: Esta pesquisa possibilitou visualizar que há ainda um espaço importante de diálogo que precisa ser construído entre os marcos metodológicos, referentes ao processo de ensino-aprendizagem engendrados na PNEPS e seus desdobramentos nas ações, considerando que para que haja a aprendizagem é preciso compreender de que maneira ela ocorre, como ocorre e como pode ser significativa.

Referências

ALMEIDA, J. R. S. et al. Educação permanente em saúde: uma estratégia para refletir sobre o processo de trabalho. Rev ABENO, v. 16, n. 2, 2016. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-59542016000200003. Acesso em: 24 abr. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento. 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Relatório final da oficina de alinhamento conceitual sobre educação e trabalho interprofissional em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

BUENO, J. V. C. et al. Educação Permanente em Saúde em Prevenção e Controle das Infecções em Unidade de Emergência. Rev Enfermagem Atual in Derme, v. 95, n. 36, 2021, e-021175. Disponível em: https://doi.org/10.31011/reaid-2021-v.95-n.36-art.1245. Acesso em: 24 abr. 2023.

CAVALCANTI, F. A. L.; GUIZARDI, F. L. Educação continuada ou permanente em saúde? Análise da produção Pan-Americana da saúde. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 99-122, jan./abr. 2018.

CECCIM, R. B; FELA, A. A. Educação e Saúde: Ensino e cidadania como travessia de fronteiras. Trab Educação Saúde, v.6, n.03, p.443-456, nov.2008/fev. 2009.

CECCIM R. B. Permanent Education in the Healthcare field: an ambitious and necessary challenge. Interface (Botucatu). 2005;9(16):161-8.

CONASS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O direito sanitário como instrumento de fortalecimento do SUS: ênfase na educação permanente em saúde. Brasília: CONASS, 2018.

COSTA, S.S. et al. Elaboração de instrumento e validação de uma matriz de competências para enfermeiros da estratégia saúde da família. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v.27, n.1, p.996-1006, 2023. Disponível em: 10.25110/arqsaude.v27i2.2023-027. Acesso em: 2 mai. 2023.

CRUZ, J. R. et al. A preceptoria em enfermagem na pandemia do COVID-19: relato de experiencia em uma Unidade Básica de Saúde em Cacoal/RO. Rev Saúde em Redes, v. 7, n. 1, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n1Supp115-120. Acesso em: 24 abr. 2023.

DAVINI, M. C. Enfoques, Problemas e Perspectivas na Educação Permanente dos Recursos Humanos de Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. Série pacto pela saúde. v. 9. p.39- 59, 2009.

FALKENBERG, M. B. et al. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Rev Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 3, p. 847-852, 2014.

FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? 5. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

GUIZARDI, F. L; DUTRA, E.B; PASSOS, M. F. D. Em mar aberto: perspectivas e desafios para o uso de tecnologias digitais na Educação Permanente em Saúde. 1. ed. Porto Alegre: Rede Unida, 2021. p. 9-11.

JUSTO, A. M. et al. Bases para diálogos e reflexões em educação permanente em saúde. Rio de Janeiro: Superintendência de Educação em Saúde, 2019.

LOTTA, G. Teorias e análises sobre implementação de políticas públicas no Brasil. Brasília: ENAP`, 2019.

MACHADO, F. V. et al. Educar, intervir e avaliar em saúde: análise dos itinerários formativos do projeto caminhos do cuidado. Rev Saúde em Redes, v. 6, 1. 1, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p111-127. Acesso em: 24 abr. 2023.

MARANGON, C. M. L. V; SOUZA, J. M. O pediatra e a educação permanente em saúde no núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica (Nasf-AB). Interface – Comum., Saúde, Educação, v. 25, n. 2, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/interface.200626. Acesso em: 24 abr. 2023.

MENDONÇA, F. F.; NUNES, E. F. P. A. Necessidades e dificuldades de tutores e facilitadores para implementar a Política de Educação Permanente em um município de grande porte no Estado do Paraná, Brasil. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 15, n. 38, p.871-882, 2011.

PISCIOTTANI, F; MAGALHÃES, C. R; FIGUEIREDO, A. E. Efeitos da aplicação periódica da simulação in situ para educação permanente em ressuscitação cardiopulmonar no contexto da hemodiálise. Enferm Nefrol, v. 23, n. 3, p274-284, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.37551/S2254-28842020029. Acesso em: 24 abr. 2023.

SANTOS, A. F. S. et al. Ação de prevenção e controle da hipertensão e diabetes na comunidade: subsídios para enfermagem. Rev Enferm UFPI, v. 8, n. 4, 2019. Disponível em: https://ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/7977/pdf. Acesso em: 24 abr. 2023.

SANTANA, N. et al. Educação permanente como estratégia para aprimoramento de registros de enfermagem. Rev baiana enferm, v. 33, 2019, e-3378. Disponível em: https://doi.org/10.18471/rbe.v33.33378. Acesso em: 24 abr. 2023.

SESPA. Manual de Orientações para Projeto de Formação em Saúde. Gerência de Educação Permanente. 2. ed. Belém: SESPA, 2019.

SHIMOCOMAQUI, G. B. et al. Educação a Distância e o “Programa Mais Médicos”: aprimoramento das práticas em saúde na Atenção Básica em um município do Amazonas. Rev Saúde em Redes, v. 7, n. 2, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n2p221-230. Acesso em: 24 abr. 2023.

SILVA, L. A. A. et al. Educação permanente em saúde na atenção básica: percepção dos gestores municipais de saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 38, n. 1, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v38n1/0102-6933-rgenf-1983-144720170158779.pdf Acesso em: 24 abr. 2023.

Downloads

Publicado

29-05-2023

Como Citar

MAUÉS, Victor Matheus Silva et al. DISCUSSÕES SOBRE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 5, p. 3183–3197, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i5.2023-067. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9959. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos