O SUJEITO DIANTE DA NEUROSE DE ANGÚSTIA NO OLHAR DA PSICANÁLISE
Resumo
Este estudo tem o objetivo de analisar o processo de constituição do sujeito e da estruturação psíquica tendo por base as análises de Freud e Lacan para compreender o surgimento das neuroses e da fobia. Utiliza-se o método da revisão bibliográfica voltada ao estudo psicanalítico do sujeito, em especial da criança, no desenvolvimento de quadros fóbicos. A literatura salienta a importância do Outro e do simbólico na estruturação subjetiva, sendo a estrutura neurótica decorrente do processo constituinte que tem origem na angústia de castração, que para Lacan, é uma disfunção de objeto, uma ausência do Outro, sobretudo a mãe, que leva o sujeito a deslocar o foco do objeto desejado para outros objetos, que se transformam em objetos fóbicos. A fobia de Hans, estudada por Freud, é considerada um exemplo de neurose fóbica, decorrente do medo de castração que surge no momento em que o sujeito atravessa o complexo de Édipo. Mediante o simbólico, a visão psicanalítica possibilita a análise da estrutura psíquica para diagnosticar os modos de defesa, ou negação, do Édipo, mediante o recalque, para entender como o sujeito se constitui diante da falta. A projeção da angústia para um objeto externo é uma forma de defesa que, ao mesmo tempo, limita e constitui o sujeito. As fobias são comuns na infância e podem se manifestar desde a infância até a fase adulta, podendo afetar as relações posteriores do sujeito. Na análise psicanalítica, o significante fóbico possui um papel de relevância, e a fobia se apresenta como consequência sintomática que impede o sujeito de realizar seu desejo recalcado e freia a angústia. O analista deve entender e acolher as manifestações inconscientes tornando-as significativas para o sujeito que fala, de modo que ele possa entender e vencer seus medos, alcançando êxito no tratamento.
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