PREVALÊNCIA DE BLASTOCYSTIS SP. EM MORADORES DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA NA REGIÃO PANTANEIRA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Autores

  • Simone Mineiro Targa
  • Lucas França de Barros
  • Shaiana Vilella Hartwig
  • Antonio Francisco Malheiros

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-055

Palavras-chave:

Perfil Epidemiológico, Enteroparasitas, Comunidade Remanescente

Resumo

Introdução: Blastocystis sp. é o parasito mais comum encontrado nos estudos de prevalência de parasitas intestinais em diferentes populações. Objetivo: determinar a prevalência do parasita intestinal Blastocystis sp. em moradores da comunidade quilombola Distrito Nossa Senhora Aparecida do Chumbo localizada em uma área rural do Município de Poconé-MT. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e quantitativo que determinou a prevalência do parasita intestinal Blastocystis sp. que ocorreu nos meses de dezembro de 2021 a maio de 2022. A amostra final foi composta por 114 participantes. Na identificação das formas evolutivas dos parasitas intestinais nas amostras fecais foi empregado o método de Hoffman. As amostras foram analisadas com auxílio do microscópio óptico e as lâminas foram coradas com lugol, para identificação das formas evolutivas dos parasitos. Para análise descritiva foi realizado a frequência absoluta e percentual. Foram realizados cálculos para determinar a prevalência total de parasitos intestinais e a prevalência por tipo de parasitas. Resultados: A prevalência total foi de 75%, deste a maior ocorrência foi apresentada por Blastocystis sp. Conclusão: Sugerimos, que a alta prevalência deste parasito que tem por via de contaminação fecal-oral, esteja associada à falta de um saneamento adequado, bem como ao acesso da água de qualidade.

Referências

AGUIAR, J.I. A. et al. Intestinal protozoa and helminths among Terena Indians in the State of Mato Grosso do Sul: high prevalence of Blastocystis hominis. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 40, n.6, p. 631-634, 2007.

ANDRADE, E. C. et al. Prevalência de parasitoses intestinais em comunidade quilombola no Município de Bias Fortes, Estado de Minas Gerais, Brasil, 2008. Epidemiol. Serv. Saúde, v.20, n.3, p.337-344, 2011.

BARBOSA, C. V. et al. Intestinal parasite infections in a rural community of Rio de Janeiro (Brazil): Prevalence and genetic diversity of Blastocystis subtypes. PLoS ONE, v.13, n. 3, p. 1-12, 2018.

BASTIDAS, G.; MALAVE, C.; BASTIDAS, D. Blastocystis sp. puesta al día sobre su papel parasitário. Gac Med Bol, n.42, v.2, p.182-188, 2019.

BELINELO, V. J. et al. Enteroparasitas em hortaliças comercializadas na cidade de São Mateus, ES, Brasil. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, v. 13, n. 1, p. 33-36, 2009.

BRASIL- Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia Prático para o Controle das Geo-helmintíases. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2018, 33 p.

BUSTELO, M. J. M. et al. Blastocystis hominis um gran desconocido, Revista. Pediatria Atencion Primaria, v.17, n. 65, p. 39-44, 2015.

CANDELA, Ernesto et al. Prevalence of intestinal parasites and molecular characterization of Giardia intestinalis, Blastocystis spp. and Entamoeba histolytica in the village of Fortín Mbororé Puerto Iguazú, Misiones, Argentina. Parasites Vector, v.14, n. 510, p. 1-15, 2021.

De MORAES, E.G.F. et al. Ocorrência de enteroparasitas em hortaliças comercializadas no município de Cáceres-MT. Arq. de Ciênc. Saúde Unipar, v.27, n.5, p.3046-3057, 2023.

EL SAFADI, D. et al. Children of Senegal River Basin show the highest prevalence of Blastocystis sp. ever observed worldwide. BMC Infectious Diseases, v.14, n.164, p. 1-11,2014.

HOFFMAN, W.A.; PONS, J.A.; JANER, J.L. The sedimentation-concentration method in schistosomiasis mansoni. J Publ Hlth, p.281-298, 1934.

JIMÉNEZ, P. A.; JAIMES, J.E.; RAMÍREZ, J. D. A summary of Blastocystis subtypes in North and South America. Parasites Vectors, v. 12, n. 376, p.1-9, 2019.

JINATHAM, V. et al. Blastocystis One Health Approach in a Rural Community of Northern Thailand: Prevalence, Subtypes and Novel Transmission Routes. Frontiers in Microbiology, v.12, n. 746340, p. 1-12, 2021.

LAGO, V. M.; CUSTÓDIO, D. P.; LACERDA, K. C L. Análise da prevalência de enteroparasitoses entre escolares da comunidade quilombola de helvécia, Nova Viçosa, BA. Ver Mosaicun, v.16, n .32, p.102-115, 2020.

LEITE, L. M. G. et al. Prevalência de enteroparasitas em crianças provenientes da área rural de Cáceres-MT. Research, Society and Development, v. 10, n. 16, p. 1-13, 2021.

MALHEIROS, A. F. et al. Short Report. Molecular Characterization of Blastocystis Obtained from Members of the Indigenous Tapirapé Ethnic Group from the Brazilian Amazon Region, Brazil. Am. J. Trop. Med. Hyg, v.85, n.6, p.1050-1053, 2011.

NASCIMENTO, S. A.; MOITINHO, M. L. R. Blastocystis hominis and other intestinal parasites in a community of pitanga city, Paraná state, Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, v.47, n.4, p.213-217, 2005.

NEVES, D. P. Parasitologia humana.13. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2016. p. 152 – 154.

ORGANIZATION WORLD HEALTH. Diagnostic target product profile for monitoring and evaluation of soil-transmitted helminth control programmes. 2021. Disponível em: https://www.who.int/teams/control-of-neglected-tropical-diseases. Acesso em: 07 out. 2021.

PIRES, E. da C. R.; GUIMARÃES, F. P.; DINIZ, J. C.; FROESELER, M. V. G.; MATA, L. C. C. da. Abordagem interdisciplinar das parasitoses intestinais em escolares da microrregião de Sete Lagoas-Mg. Arq. Cienc. Saúde Unipar, v. 20, n. 2, p.111-116, 2016.

RAUFF-ADEDOTUN, A. et al. The Coexistence of Blastocystis spp. in Humans, Animals and Environmental Sources from 2010–2021 in Asia. Biology, v.10, n.920, p. 1-40, 2021.

ROSINE, G. D. et al. Prevalência de parasitose intestinal em uma comunidade quilombola do semiárido baiano. Aletheia, v.51, n.1-2, p.97-107, 2018.

SKOTARCZAK, B. Genetic diversity and pathogenicity of Blastocystis. Annals of Agricultural and Environmental Medicine, v. 25, n. 3, p. 411–416, 2018.

VIANA, M. L. et al. Parasitoses intestinais e a inter-relação com os aspectos socioeconômicos de indivíduos residentes em um povoado rural Rosápolis de Parnaíba-PI. Scientia plena, v.13, n.8, p.1-10, 2017.

VIEIRA, F.; QUINTANS, M.T.D.; CARLET, F. Sob o rufar dos ng’oma1: O judiciário em disputa pelos quilombolas. Revista Direito e Práx, v. 08, n. 1, p. 556-591, 2017.

ZANETTI, A. S. et al. Prevalence of Blastocystis sp. infection in several hosts in Brazil: a systematic review and meta-analysis. Parasites & vectors, v. 13, n. 30, p. 1-15,2020.

Downloads

Publicado

22-06-2023

Como Citar

Targa, S. M., de Barros, L. F., Hartwig, S. V., & Malheiros, A. F. (2023). PREVALÊNCIA DE BLASTOCYSTIS SP. EM MORADORES DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA NA REGIÃO PANTANEIRA DO ESTADO DE MATO GROSSO. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(6), 3013–3024. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-055

Edição

Seção

Artigos