HESITAÇÃO VACINAL: DESAFIOS PARA A SAÚDE PÚBLICA E ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A ACEITAÇÃO GLOBAL DE VACINAS
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v30i1.2026-11915Palavras-chave:
Hesitação Vacinal, Imunização, Políticas de SaúdeResumo
A hesitação vacinal, influenciada por barreiras de acesso, percepções de risco e confiança nos imunizantes, compromete o impacto positivo da vacinação, reconhecida como estratégia eficaz para reduzir morbidade, mortalidade e custos em saúde. Intensificada pela pandemia de COVID-19, essa resistência é historicamente presente e demanda ações estratégicas para ampliar a aceitação e acessibilidade global. O artigo tem como finalidade analisar a hesitação vacinal, considerando os desafios que ela representa para a saúde pública e as estratégias destinadas a aumentar a aceitação global das vacinas. Trata-se de uma ampla revisão integrativa da literatura, realizada em 2024, conduzida por meio de consultas as respectivas bases de dados LILACS e PUBMED. Esta pesquisa aborda desafios globais persistentes para a cobertura vacinal, como interrupções nos serviços de saúde, desigualdades de acesso e a hesitação vacinal, exacerbados por desinformação e movimentos antivacina. A hesitação influenciada por fatores culturais, sociais e políticos, com destaque para fake news, especialmente nas redes sociais, que têm prejudicado a confiança pública nas vacinas. Estratégias educativas, como campanhas interativas e a disseminação de informações baseadas em evidências, sendo fundamentais para desmistificar mitos e ampliar a aceitação da vacinação. O modelo dos "3 C’s" — confiança, complacência e conveniência — destaca os desafios centrais da adesão à imunização. Iniciativas como o Programa Nacional de Imunização (PNI) no Brasil e a Immunization Agenda 2030 da OMS reforçam a importância de ações coordenadas, integrando avanços tecnológicos e educacionais para alcançar equidade e ampliação da cobertura vacinal global. Tais esforços demonstram a necessidade de estratégias colaborativas para superar barreiras e fortalecer a imunidade coletiva. Conclui-se que a hesitação vacinal é um obstáculo significativo à saúde pública, comprometendo a imunidade coletiva e aumentando o risco de surtos de doenças evitáveis. Este estudo reforça a importância de estratégias como campanhas educativas fundamentadas em ciência, alfabetização em saúde, tecnologias inovadoras e ações para fortalecer a confiança nas vacinas.
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