TRAUMA EM AMBIENTES RURAIS: AVALIAÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8913

Resumo

O acesso limitado do atendimento ao trauma aumenta proporcionalmente à ruralidade, refletindo em uma maior mortalidade e invalidez a longo prazo. A pesquisa objetivou identificar os desfechos de pacientes internados por trauma em Unidades de Terapia Intensiva, acometidos em ambientes rurais. Trata-se de um estudo transversal observacional realizado em uma UTI geral de um hospital da região central do Estado do Paraná entre 2013 a 2019, através da análise de prontuários de 230 pacientes traumatizados em ambiente rural. Os dados foram analisados por meio de testes de Qui-quadrado de Pearson, exato de Fisher ou t de Student. Dentre os desfechos identificados, observou-se associação do sexo feminino com as comorbidades (p=0,024), das regiões mais afetadas de cabeça, pescoço e tórax com a gravidade do trauma (p=0,001), além de variáveis do primeiro atendimento, como suporte respiratório básico, PAS <90mmHg e Glasgow associados à pacientes cirúgicos e pupilas alteradas em pacientes clínicos. Para o desfecho, observou-se que as médias do tempo de permanência hospitalar foi significativamente menor para aqueles que foram a óbito. As características apresentadas assemelham-se às informações mencionadas na literatura, em que as lesões graves com a necessidade de intervenção cirúrgica e maior tempo de permanência hospitalar estão associados ao óbito em traumas rurais. Contudo, o trauma no ambiente rural, apesar de não refletir nem sempre em maior gravidade, apresenta desfechos impactantes para o paciente.

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Publicado

24-10-2022

Como Citar

DVULATHCA, Flavia; ZAKRZEVSKI, Larissa; LENTSCK, Maicon Henrique; PELAZZA, Bruno Bordin; BARATIERI, Tatiane; SOARES, Leticia Gramazio. TRAUMA EM AMBIENTES RURAIS: AVALIAÇÃO DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 26, n. 3, 2022. DOI: 10.25110/arqsaude.v26i3.2022.8913. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/8913. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos