GESTÃO DE CUIDADOS PALIATIVOS EM DOMICÍLIO: PERSPECTIVAS DE ENFERMEIROS DE UM MUNICÍPIO DO OESTE DO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-074Palavras-chave:
Enfermagem, Enfermeiros, Equipe de Enfermagem, Cuidados Paliativos, Domiciliar, Gestão do CuidadoResumo
Introdução: O avanço tecnológico e as constantes mudanças mundiais para aumentar a qualidade de vida, e consequentemente o aumento da expectativa de vida, no entanto nem sempre isso é possível devido ao adoecimento crônico e o desencadeamento da necessidade de cuidados paliativos. Objetiva-se analisar sobre a gestão do cuidado paliativo em domicílio na perspectiva de enfermeiros de um município do oeste do paraná. Metodologia: trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa realizada com enfermeiros que atuam no Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID) do município do Oeste do Paraná. A autorização para a realização da pesquisa foi solicitada junto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município pesquisado. Após autorização da (SMS e PAID) e aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Unipar deu-se início a coleta de dados que aconteceu nos meses de setembro e outubro de 2022. Para análise dos dados, utilizou-se análise de conteúdo de Bardin. Principais Resultados foram organizados em cinco categorias: Os enfermeiros na gestão dos cuidados paliativos no domicílio; Ferramentas para a organização do cuidado paliativo no domicílio; A contribuição da família e do cuidador para atenção domiciliar; Desafios no trabalho com cuidados paliativos no domicílio; O trabalho em equipe como estratégia de gestão do cuidado na atenção domiciliar. Conclusões: O estudo evidenciou que os enfermeiros que atuam no Programa de Assistência e Internação Domiciliar são gestores dos cuidados paliativos no domicílio, tendo a equipe multiprofissional e a família como aliados e suporte em seu processo de trabalho direcionados ao indivíduo em cuidados paliativos e enfrentam desafios de diferentes naturezas em sua prática, sendo eles relacionados a aspectos como: a operacionalização da rotina de trabalho diante das diversas demandas do território local; ao campo de atuação e a rede deficitária de suporte ao paciente e a família; e de comunicação/acolhimento aos pacientes e familiares em um cenário que favorece a fragilidade emocional de todos os envolvidos nesse processo de cuidado.
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