ATUAÇÃO DO TIME DE INTUBAÇÃO RÁPIDA NO DESFECHO DE PACIENTES COM COVID-19 EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v28i2.2024-10818

Palavras-chave:

Introdução e Intubação de Sequência Rápida, Infecção por Coronavírus, Insuficiência Respiratória, Pronto-Socorro

Resumo

Diante do crescente número de casos de Covid-19 no Brasil e a gravidade desta doença, observa-se que um elevado número de pacientes evoluem para insuficiência respiratória aguda e necessidade de intubação orotraqueal. Nesse sentido, foi instituído um time de intubação rápida, habilitado para desenvolver o procedimento de maneira eficaz, a fim de reduzir o número de intercorrências e risco de contaminação da equipe de saúde. O estudo tem como objetivo descrever o perfil dos pacientes com Covid-19 e comparar os desfechos das intubações realizadas pelo time de intubação rápida e equipe médica de um pronto-socorro. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado em um Pronto-Socorro de um Hospital Universitário do Norte do Paraná. Os dados dos pacientes foram coletados a partir dos registros no serviço de arquivamento médico e estatístico, referentes ao período de 1 de junho a 31 de julho de 2021. Foram realizados 236 atendimentos de pacientes com Covid-19, 60% dos casos eram do sexo masculino, com idade média entre 41 a 60 anos; as principais comorbidades prévias foram, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e diabetes mellitus. Do total de casos, 50 % evoluíram a óbito e 42% receberam alta hospitalar. O time de intubação rápida esteve presente em 49 intubações, dessas, 78% dos pacientes foram a óbito, enquanto a equipe médica do pronto-socorro participou de 38, com 82% de mortalidade. Conclui-se que a atuação do time de intubação resultou em menor letalidade, entretanto ainda se considera o número de óbitos expressivos comparado ao total de atendimentos.

Biografia do Autor

Gabriel Guembarski Flávio, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (PSE/UEM). Especialista em Urgência e Emergência pelo programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Thamyris Lucimar Pastorini Gonçalves, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (PPGENF/UEL). Especialista em Urgência e Emergência pelo programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Lucas Benedito Fogaça Rabito, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (PSE/UEM). Especialista em Urgência e Emergência pelo programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Bruna Daniella de Sousa de Lima, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira. Mestranda em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (PROESA/USP). Especialista em Urgência e Emergência pelo programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Mara Cristina Nishikawa Yagi, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pelo Programa de pós-graduação em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Docente do Programa de Pós-Graduação de Enfermagem em Urgência e Emergência da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Maria Clara Giorio Dutra Kreling, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pelo Programa de pós-graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Docente do Programa de Pós-Graduação de Enfermagem em Urgência e Emergência da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Márcia Eiko Karino, Universidade Estadual de Londrina

Enfermeira. Doutorado em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Coordenadora do Programa de Pós-Graduação de Enfermagem em Urgência e Emergência da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Referências

BITTENCOURT, P. J. S. Artigo: as pandemias na História. Disponível em: https://www.uffs.edu.br/campi/erechim/noticias/artigo-as-pandemias-na-historia. Acesso em: 23 set 2020.

BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE. Governo Federal. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46435-brasil-confirma- primeiro-caso-de-novo-coronavirus. Acesso em: 12 set 2020.

BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE. Sobre a doença. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca. Acesso em: 12 set 2020.

CEVICK, M.; KUPPALLI, K.; KINDRACHUK, J.; PEIRIS, M. Virology, transmission, and pathogenesis of SARS-CoV-2. British Medicine Journal, 2020;371:m3862. Disponível em: https://www.bmj.com/content/bmj/371/bmj.m3862.full.pdf. Acesso em: 30 set 2021

CRESWELL, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: Escolhendo entre cinco abordagens. 3.ed. Porto Alegre: Penso Editora, 2014. Acesso em: 12 set 2020

Diário Oficial da União. Portaria Conjunta Nº 19, de 18 de junho de 2020. 116.ed. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-conjunta-n-19- de-18-de-junho-de-2020-262407973. Acesso em: 12 set 2020.

DUARTE, V.; TREVISAN, M. G.; MENETRIER, J. V.; COSTA, L. D.; CAVALHEIRI, J. C. TEIXEIRA, G. T. Perfil epidemiológico de óbitos decorrentes da COVID-19 em um município do sudoeste do Paraná. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama. v. 26, n. 3, p. 350-366, set./dez.2022.

FEITOZA, T. M. O; CHAVES, A. M.; MUNIZ, G. T. S; CRUZ, M. C. C; JUNIOR, I. F. C. Comorbidades e COVID-19: uma revisão integrativa. Revista Interfaces, v. 8, 3 ed, p. 711-723, 2020. Disponível em: https://interfaces.leaosampaio.edu.br/index.php/revistainterfaces/article/viewFile/800/pdf. Acesso em: 30 set 2021.

HERNANDEZ-ROMIEU, A. C. et al. Timing of Intubation and Mortality Among Critically Ill Coronavirus Disease 2019 Patients: A Single-Center Cohort Study. Critical Care Medicine, v. 48, 11 ed, p. 1553-1555, 2020. Disponível em: https://journals.lww.com/ccmjournal/Fulltext/2020/11000/Timing_of_Intubation_and_Mortality_Among.31.aspx. Acesso em: 20 set 2021.

MEDEIROS, L. S. et al. Análise epidemiológica descritiva nos primeiros 30 dias de casos confirmados de covid-19 na Amazônia legal brasileira. Brazilian Journal of health Review. v. 3, 3 ed, p. 4906-4928, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/10419/8709. Acesso em: 26 set 2021.

MONTRIEF, T.; RAMZY, M.; LONG, B.; GOTTLIEB, M.; HECZ, D.; COVID-19 respiratory support in the emergency department setting. American Journal of Emergency Medicine, v. 38, 10 ed, p. 2160-2168, 2020. Disponível em:https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0735675720306823?via%3Dihub. Acesso em: 20 set 2021.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Folha informativa COVID-19. Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19. Acesso em: 10 set 2020.

PEREIRA, N. D. et al. PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À COVID-19 GRAVE EM ADULTOS HOSPITALIZADOS NO ESTADO DO PARANÁ. Arq de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 100–117, 2024. DOI: 10.25110/arqsaude.v28i2.2024-10873. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10873. Acesso em: 8 dez 2024.

POLIT, Denise F.; BECK, Cheryl Tatano. Essentials of nursing research: appraising evidence for nursing practice. 8.ed. P.512. Philadelphia (USA): Lippincott Williams & Wilkins, 2014.

PRICE, S. et al. Respiratory management in severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 infection. European Hearth Journal. Acute Cardiovascular Care, v. 9, 3 ed, p. 229-238, 2020. Disponível em: https://academic.oup.com/ehjacc/article/9/3/229/5922461. Acesso em: 22 set 2021.

SILVA, E. A. D; CHAVES, F. J. M; CALS, R. C. F. V; DA SILVA, A. C. G; GONÇALVES, R. D; MAGNO, L. C. P. CONTAMINAÇÃO PELO COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO PARÁ. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 2, p. 754–769, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i2.2023-014. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9383. Acesso em: 8 dez 2024.

SOCIEDADE MINEIRA DE TERAPIA INTENSIVA. Intubação traqueal em casos graves de COVID-19. Disponível em: http://blog.somiti.org.br/intubacao- traqueal/. Acesso em: 08 out 2020.

VON ELM, E. et al. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Journal of clinical epidemiology, v. 61, n. 4, p. 344–9, 2008. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18313558/. Acesso em: 24 de set 2021.

WENLONG, Y. et al. Emergency tracheal intubation in 202 patients with COVID-19 in Wuhan, China: lessons learnt and international expert recommendations. British Journal of Anesthesia, v. 125, 1 ed, p. e.28-e.37, 2020. Disponível em: https://www.bjanaesthesia.org/action/showPdf?pii=S0007-0912%2820%2930203-8. Acesso em: 24 de set 2021.

ZANG, L.; JIYONG, L.; ZHOU, M.; CHEN, Z. Summary of 20 tracheal intubation by anesthesiologists for patients with severe COVID-19 pneumonia: retrospective case series. Journal of Anesthesia, v. 35, 4 ed, p. 599-506, 2020. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00540-020-02778-8. Acesso em: 22 set 2021.

Downloads

Publicado

10-12-2024

Como Citar

FLÁVIO, Gabriel Guembarski; GONÇALVES, Thamyris Lucimar Pastorini; RABITO, Lucas Benedito Fogaça; DE LIMA, Bruna Daniella de Sousa; YAGI, Mara Cristina Nishikawa; KRELING, Maria Clara Giorio Dutra; KARINO, Márcia Eiko. ATUAÇÃO DO TIME DE INTUBAÇÃO RÁPIDA NO DESFECHO DE PACIENTES COM COVID-19 EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 28, n. 2, p. 358–371, 2024. DOI: 10.25110/arqsaude.v28i2.2024-10818. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10818. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos