INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO EM PACIENTES SUBMETIDOS ÀS CIRURGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v30i1.2026-11767

Palavras-chave:

Infecção da ferida cirúrgica, Infecção da Ferida Operatória, Prevenção de Doenças, Fatores de Risco, Oncologia Cirúrgica Cirurgia, Neoplasias de cabeça e pescoço, Enfermagem Perioperatória

Resumo

Introdução: Indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos como forma de tratamento de câncer de cabeça e pescoço, estão sujeitos a agravos, entre eles a Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC). É decisivo o aprimoramento do conhecimento profissional para identificar possíveis situações de riscos e investigar fatores preditivos desta complicação em cirurgias de cabeça e pescoço, em virtude que mais da metade dos casos são evitáveis. Objetivo: analisar a incidência das Infecções de Sítio Cirúrgico em pacientes oncológicos submetidos a cirurgia de cabeça e pescoço em um hospital do Sul de Minas Gerais. Método: estudo observacional, analítico, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 6.796.288. A amostra foi constituída pelos prontuários dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, com idade igual ou superior a 18 anos submetidos ao procedimento cirúrgico da especialidade no período de 2022 a 2023 em um Hospital no Sul de Minas Gerais. Foi utilizado para análise estatística descritiva e inferencial o software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 26.0. Resultados e Discussão: A amostra do presente estudo foi composta por 127 prontuários, 38,6% eram mulheres e 61,4% homens, foi realizado uma média das idades e alcançou 62 anos. Ao analisar todo período de internação e também o pós-operatório tardio, obteve-se como resultado a incidência de 1,57% dos casos diagnosticados com ISC. Percebeu-se que as feridas operatórias que apresentaram exsudato, edema e deiscência apresentou grande relação com os diagnósticos de infecção. Quanto aos cuidados pré-operatórios foi observado nos prontuários os registros da higienização pré-operatória (62,20%), o que é fundamental para diminuir o risco de adquirir ISC, pois é capaz de criar uma barreira que reduz a proliferação de microrganismos na pele. Conclusão: O presente estudo permitiu avaliar o risco de desenvolvimento e incidência de ISC em pacientes oncológicos, sendo que, para esta amostra, a incidência foi classificada como baixa, não havendo relação estatística com as variáveis independentes.

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Biografia do Autor

Maria Eduarda Figueira, Universidade Federal de Alfenas

Graduanda em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Sarah Oliveira dos Santos Tironi, Universidade Federal de Alfenas

Graduanda em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Maria Betânia Tinti de Andrade, Universidade Federal de Alfenas

Doutora em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Roberta Garcia Gomes, Universidade Federal de Alfenas

Doutoranda em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Eliza Mara das Chagas Paiva, Universidade Federal de Alfenas

Pós-doutorado em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Murilo César do Nascimento, Universidade Federal de Alfenas

Pós-doutorado em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Taline Gonçalves da Silva, Universidade Federal de Alfenas

Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

Andreia Cristina Barbosa Costa, Universidade Federal de Alfenas

Pós-doutorado em Enfermagem. Universidade Federal de Alfenas.

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Publicado

06-11-2025

Como Citar

FIGUEIRA, Maria Eduarda; TIRONI, Sarah Oliveira dos Santos; ANDRADE, Maria Betânia Tinti de; GOMES, Roberta Garcia; PAIVA, Eliza Mara das Chagas; NASCIMENTO, Murilo César do; SILVA, Taline Gonçalves da; COSTA, Andreia Cristina Barbosa. INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO EM PACIENTES SUBMETIDOS ÀS CIRURGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 109–127, 2025. DOI: 10.25110/arqsaude.v30i1.2026-11767. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/11767. Acesso em: 5 dez. 2025.

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