USO DE IVERMECTINA E ATAZANAVIR NO TRATAMENTO DA COVID-19: UMA REVISÃO DE ESCOPO

Autores

  • Francisco Braz Milanez Oliveira
  • Emigdio Nogueira Coutinho
  • Kelly Pereira Rodrigues dos Santos
  • Rodolfo Ritchelle Lima dos Santos
  • Magnólia de Jesus Sousa Magalhães Assunção
  • Caroline Jordana Azevedo dos Santos
  • Laianny Luize Lima e Silva
  • Márcia Sousa Santos
  • Beatriz Fátima Alves de Oliveira
  • Jacenir Reis dos Santos Mallet

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i3.2023-002

Palavras-chave:

Tratamento Farmacológico, Ivermectina, Sulfato de Atazanavir, Covid-19

Resumo

 

Objetivo: Examinar e mapear as evidências científicas sobre a eficácia do uso de ivermectina e atazanavir no tratamento de COVID-19. Metodologia: Scoping Review, baseado nos procedimentos recomendados pelo Instituto Joanna Briggs. Estabeleceu-se a pergunta norteadora: “Quais são as evidências científicas sobre o uso de ivermectina e atazanavir no tratamento de pacientes com sintomas leves de COVID-19?”. Foram realizadas buscas em seis bases de dados nacionais e internacionais, sobre trabalhos publicados até dezembro de 2022. Dos 357 estudos encontrados, 22 foram selecionados para leitura na íntegra, resultando em uma amostra final de 11 estudos analisados. Resultados: As 11 publicações analisadas foram publicadas de 2020 a 2022 durante período pandêmico, de âmbito nacional e internacional com delineamento de estudos experimentais, do tipo ensaio clínico com randomização. Apenas 03 estudos (25%) testaram o atazanavir como intervenção conjugada a outras drogas, não evidenciando melhorias significativas em relação ao seu uso. Já no tratamento com Ivermectina, dos oito (75%) estudos que a testaram, apenas três (37,5%) recomendaram seu uso e cinco (62,5%) não suportam seu uso para tratamento de COVID-19 leve. O tempo de resolução dos sintomas variou de 8 a 10 dias nos braços tratados com ivermectina e em média 07 dias no tratamento com atazanavir. Não se detectou eventos adversos graves relacionados ao uso das duas drogas. Conclusão: As evidências que recomendavam o uso de ivermectina datam do início do período pandêmico, 2020, mas posteriormente, com a realização de ensaios clínicos robustos e controlados, novas evidências não suportam o uso de ivermectina e atazanavir no tratamento de COVID-19 leve mostrando que não houve diferença no tempo de resolução dos sintomas, na taxa de mortalidade, taxa de internação na UTI e tempo de hospitalização.

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Publicado

31-03-2023

Como Citar

OLIVEIRA, Francisco Braz Milanez et al. USO DE IVERMECTINA E ATAZANAVIR NO TRATAMENTO DA COVID-19: UMA REVISÃO DE ESCOPO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 1063–1084, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i3.2023-002. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/9415. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos