PERCEPÇÕES SIMBÓLICAS E ENFRENTAMENTOS DE MÃES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO

Autores

  • Victória Beatriz de Lourdes Carvalho Pereira
  • Smalyanna Sgren da Costa Andrade
  • Viviane Cordeiro de Queiroz
  • Edna Samara Ribeiro César
  • Eliane Cristina da Silva Buck
  • Simone Helena dos Santos Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-005

Palavras-chave:

Aleitamento Materno, Amor, Afeto, Mulheres, Sexualidade

Resumo

Objetivo: avaliar as percepções simbólicas sobre aleitamento materno de mães residentes em município paraibano. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com abordagem qualitativa, realizado com 67 mães. A pesquisa foi desenvolvida via questionário virtual enviado por smartphones, por meio do Google Forms®, através da técnica de Respondent Driven Sampling (RDS), durante os meses de dezembro de 2020 a abril de 2021. Os dados foram tabulados e analisados por meio do programa Microsoft Excel®, versão 97-2003, para Windows 8. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo, seguindo as etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados A pesquisa foi aprovada pelo CEP por meio do parecer 4.469.159, protocolo 302/2020 e CAAE 40194920.0.0000.5179. Resultados: a maioria das mulheres eram auto declarante pardas, evangélicas, com faixa etária entre 30 e 40 anos, graduadas, vivem com dois salários mínimos ou mais, possuem parceiro fixo, vivem com parceiro e filhos, tiveram seis ou mais consultas de pré-natal e tiveram parto em ambiente hospitalar via cesariana. Os discursos geraram as categorias: expressão de amor, vínculo, renúncia e sacrifício enquanto simbologias maternas frente ao aleitamento; as dimensões do nutrir: colo de mãe, crescimento e desenvolvimento enquanto percepções simbólicas; aleitamento materno e enfrentamentos frente à sexualidade: indiferença, redução da libido e zona proibida; conselhos para enfrentamentos direcionados às mães de primeira viagem: busca pelo conhecimento, rede de apoio e auto aceitação. Conclusão: esse estudo permitiu compreender as simbologias que estavam relacionadas a laço afetivo, expressão de amor, renúncia, vínculo, rede de apoio primária, secundária e sexualidade.

Referências

ALMEIDA, J. M. D.; LUZ, S. D. A. B.; UED, F. D. V. Apoio ao aleitamento materno pelos profissionais de saúde: revisão integrativa da literatura. Revista Paulista de Pediatria [in-ternet]. 2015 [acesso em 24 out 2020]; 33(3):355-362. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010305822015000300355&script=sci_arttext.

BARROS, K. R. de S.; ANDRADE, P. S. P. de; SANTOS, J. P. dos; MONTEIRO, K. J. L.; SOUSA, R. F. V. de; NASCIMENTO, E. F. do; BACELAR, P. A. A. Perfil epidemiológico e conhecimento de gestantes sobre aleitamento materno em um município do nordeste brasileiro.Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v. 25, n. 1, p, 11-17, jan./abr. 2021.

BEDOSCHI, B. Amamentação durante o período puerperal [internet]. [publicado em 18 jul 2015; acesso em 18 fev 2021]. Disponível em: https://bedmed.com.br/amamentacao-durante-o-periodo-puerperal/.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil - aleitamento materno e alimentação complementar [internet]. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. [acesso em 15 fev 2021]. Disponível em: https://www.editorasolucao.com.br/editorasolucao/erratas/10300/9697/cadernos-de-atena-a-o-ba-sica-a-na-23-saasde-da-criana-a-nutria-a-o-infantil-aleitamento-materno-e-alimentaa-a-o-complementar.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. [acesso em 20 dez 2020]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil). Constituição. Portaria nº 1.153, de 22 de maio de 2014. Redefine os Critérios de Habilitação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), como Estratégia de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno e à Sa-úde Integral da Criança e da Mulher, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [inter-net]. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. [acesso em 10 set de 2020]. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/url/view.php?id=2769389#:~:text=PORTARIA%20N%C2%BA%201.153%2C%2022%20DE%20MAIO%20DE%202014,no%20%C3%A2mbito%20do%20Sistema%20%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20%28SUS%29%3A.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil). Leite materno: índices de amamentação crescem no Brasil [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. [acesso em 10 jan 2021]. Disponível em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/agosto/leite-materno-indices-de-amamentacao-crescem-no-brasil.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil). Ofício Circular Nº 2/2021/CONEP/SECNS/MS. [internet] Brasília: Ministério da Saúde Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Saúde Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, 2021. [acesso em 02 junho 2021]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/images/Oficio_Circular_2_24fev2021.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde (Brasil). Resolução Nº 466 de 12 de dezembro de 2012. [internet] Brasília: Ministério da Saúde, 2012. [acesso em 15 de out 2020]. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.

BRITO, P. E.; et al. Determinantes do nível de prolactina em mulheres no pós-parto imediato. Cogitare Enfermagem, 25 [internet] 2020. [acesso em 10 abr 2021]; 25(1):1-11. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.71511.

CAMPOS, R. B.; et al. As representações sociais de mulheres que vivenciam sexualidade e amamentação. Brazilian Applied Science Review [internet]. (2020) [acesso em 16 fev 2021]; 4(4):2382-2397. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BASR/article/view/13509.

CARVALHO-RAMOS, I. I.; et al. Aleitamento materno aumenta a resiliência da comunidade microbiana. Jornal de Pediatria [internet]. (2018) [acesso em 15 jan 2021]; 94(3):258-267. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/rCgKH5fmJJBBhZZ3mnqmcxh/?lang=pt.

COELHO, A. M. M.; et al. Alterações alimentares de nutrizes durante a amamenta-ção. Nutr. clín. diet. Hosp. [internet]. 2018 [acesso em 22 dez 2020]; 38(4):49-56. Dispo-nível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/ibc-180150.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). 53% das crianças são amamentadas no primeiro ano de vida no Brasil [internet]. Brasília: DTIC/ASCOM do Cofen, 2020. [acesso em 16 mar 2021]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/o-cofen.

COFEN. Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Resolução COFEN nº 564/2017. [internet] Brasília: Cofen, 2017. [acesso em 12 nov de 2020]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html.

DAMACENA, G. N.; et al. Aplicação da metodologia Respondent-Driven Sampling em pesquisa biológica e comportamental com mulheres trabalhadoras do sexo, Brasil, 2016. Rev. bras. epidemiol. [internet]. 2016 [acesso em 13 de jan 2021]; 22(1):1-13. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbepid/v22s1/pt_1980-5497-rbepid-22-s1-e190002.pdf.

FERREIRA, H. L. O. C.; et al. Fatores Associados à adesão ao aleitamento materno exclusivo. Ciencia & saude coletiva [internet]. 2018 [acesso em 04 nov 2020]; 23(3):683-690. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n3/683-690/pt/.

GOMES, R. P.; et al. Fatores que levam ao desmame precoce do aleitamento materno. Brazilian Journal of Development [internet]. (2020) [acesso em 15 abr 2021]; 6(12):100688-100700. Disponível em:

HIPP, L.; KOHLER, U.; LEUMANN S. How to Implement Respondent-Driven Sampling in Practice: Insights from Surveying 24-Hour Migrant Home Care Workers. Survey Methods [internet]. 2019 [acesso em 17 jan 2021]:1-13. Disponível em: https://surveyinsights.org/?p=12000

MENEZES, R. R.; COELHO, A. S.; LOBO, M. R. G. A importância da amamentação na formação de vínculos afetivos saudáveis entre mamãe/bebê. BIUS-Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia. [internet]. (2019) [acesso em 10 mar 2021]; 12(5):1-15. Disponível em: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/6191.

MINAYO, M. C. D. S. Qualitative analysis: theory, steps and reliability. Ciência & Saúde Coletiva. [internet]. 2017 [acesso em 28 jan 2021]; 17(3):621-626. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/ v17n3/en_v17 n3a07.pdf.

MORAES, Â. C.; et al. O paradoxo mediado na amamentação no ato de amor genuíno mediado pelas peripécias da maternidade: revisão integrativa. Brazilian Journal of Development. [internet]. (2021) [acesso em 12 fev 2021]; 7(2):16023-16014. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/24781.

OPAS. Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde. Brasil lança campanha de amamentação durante Semana Mundial do Aleitamento Materno [internet]. Brasília: Organização Mundial da Saúde, 2020. [acesso em 02 dez 2020]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/search/r?keys=brasil+lanca+campanha+de+amamentacao+durante+semana+mundial+do+aleitamento+materno+Brasil.

QUEIROZ, V. C.; et al. Conhecimentos, Atitudes e Práticas sobre Aleitamento Materno entre Puérperas em Alojamento Conjunto. Rev. Enf, do Centro Oeste Mineiro, v. 11:e4162, 2021. Doi: http://dx.doi.org/10.19175/recom.v11i0.4162

RIBEIRO, I. M.; TRINDADE, M. M. M. Avaliação das salas de apoio ao aleitamento ma-terno sob a ótica do enfermeiro. Fortaleza. Monografia [Graduação em Enfermagem] – UNIFAMETRO; 2020.

SALES, C.; CASTANHA, A.; ALÉSSIO, R. Aleitamento materno: representações sociais de mães em um Distrito Sanitário da cidade do Recife. Arquivos brasileiros de psicologia. [internet]. (2017) [acesso em 23 fev 2021]; 69(1):184-199. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2290/229053872014.pdf.

SILVA, I. E.; et al. A importância do enfermeiro no aleitamento materno exclusivo para a evolução da criança. Rev. Bras. Inter. de Saúde [internet]. 2020 [acesso em 17 jan 2021]; 2(1):1-7. Disponível em: https://revistarebis.rebis.com.br/index.php/rebis/article/view/62.

TAQUETTE, S. R.; MINAYO, M.C. Analysis of qualitative studies conducted by physicians and published in Brazilian scientific journals between 2004 and 2013. Physis [internet]. 2017 [acesso em 28 jan 2021]; 27(2):357-374. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ physis/v26n2/0103-7331-physis-26-02-00417.pdf..

VASCONCELOS, T. C.; BARBOSA, D. J.; GOMES, M. P. Fatores que interferem no alei-tamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê. Revista PróUniverSUS [internet]. (2020) [acesso em 23 mar 2021]; 11(1): 80- 87. Disponível em: http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RPU/article/view/2208.

Downloads

Publicado

01-06-2023

Como Citar

PEREIRA, Victória Beatriz de Lourdes Carvalho; ANDRADE, Smalyanna Sgren da Costa; DE QUEIROZ, Viviane Cordeiro; CÉSAR, Edna Samara Ribeiro; BUCK, Eliane Cristina da Silva; OLIVEIRA, Simone Helena dos Santos. PERCEPÇÕES SIMBÓLICAS E ENFRENTAMENTOS DE MÃES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 27, n. 6, p. 2177–2194, 2023. DOI: 10.25110/arqsaude.v27i6.2023-005. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/10055. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos