AVALIAÇÃO DO COMPLEXO DO OMBRO EM MULHERES SUBMETIDAS À INTERVENÇÃO CIRÚRGICA PARA TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
Resumo
A cirurgia de câncer de mama está associada, em torno de 70% dos casos, a complicações que podem levar à limitação e diminuição da mobilidade do ombro. Considerando as alterações decorrentes das cirurgias mamárias, o objetivo deste estudo foi realizar uma avaliação física do ombro homolateral e contralateral à cirurgia, comparando os resultados obtidos nos dois ombros. Este estudo foi realizado com 21 mulheres submetidas à mastectomia ou quadrandectomia unilateral, incluídas, pelo menos há seis meses, em um programa de reabilitação em fisioterapia. Precedendo o início das avaliações clínicas, uma ficha de avaliação específica para esta população foi desenvolvida, identificando alterações agudas e crônicas. A idade média das pacientes foi 52,10 anos. De acordo com o exame físico, a aderência cicatricial estava presente em 14% das pacientes e o linfedema em 86% destas. Durante a palpação, 95% das pacientes apresentaram dor e pontos-gatilho nos músculos trapézio, esternocleidomastoideo, escalenos e romboides. As medianas da amplitude de movimento do ombro homolateral e contralateral à cirurgia foram: flexão, 130º/154º; extensão, 38º/40º; rotação lateral, 60º/85º; rotação medial, 70º/90º e abdução 115º/145º. De acordo com os resultados, houve uma diminuição significativa em todos os movimentos do ombro homolateral, quando comparado ao contralateral à cirurgia. Diante do exposto, pode-se concluir que a avaliação, por meio da ficha específica, elaborada para pacientes com câncer de mama, foi eficaz para identificar complicações pós-cirúrgicas no ombro desta população. Portanto, esta avaliação foi importante para identificar disfunções físicas, visando à reabilitação e independência nas atividades de vida diária destas mulheres.Downloads
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