AS RAÍZES MARXISTAS DO PENSAMENTO SARTREANO: A QUESTÃO DA DIALÉTICA

Autores

  • Miriam Furquim de Oliveira
  • Joseane Polido Carlet de Lima
  • Ariane Maciel Staniszewski
  • Nadiana Maiara Bielak
  • Jorge Antonio Vieira

Resumo

Este artigo pretende desenvolver um estudo sobre alguns pontos da influência marxista na filosofia existencial de Sartre, especialmente em relação à dialética. Em primeiro lugar, Sartre diz que para o marxismo a liberdade é alcançada quando não existe ameaça externa sobre o indivíduo, mas de acordo com Sartre a visão de liberdade marxista nega a liberdade, por que reduz o homem em condição de ‘coisa’, compreendendo os indivíduos pela história como algo determinado. No entanto, a liberdade em sentido existencial é compreendida de modo diferente: a liberdade é a capacidade de fazer escolhas e aceitar as responsabilidades decorrentes’. O tópico dialética é um dos focos da reflexão sartreana, e de acordo com este filósofo, a visão marxista da dialética reduz a existência humana à condição de coisa por desconhecer a liberdade do projeto humano e atribuir ao homem o que é apenas leis do mundo material. O homem continua sendo controlado por forças exteriores por uma dialética cósmica, a qual impõe às ações humanas o sentido de fatalidade, e dessa maneira o futuro do homem viria de meios externos e não dele mesmo. Para Sartre o sentido da dialética se dá pela consciência. Desse modo, por intermédio deste breve estudo pode-se evidenciar que Sartre não se opõe a dialética marxista, porém a completa, afirmando o homem como ator e autor de sua própria história.

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Como Citar

Oliveira, M. F. de, Lima, J. P. C. de, Staniszewski, A. M., Bielak, N. M., & Vieira, J. A. (2011). AS RAÍZES MARXISTAS DO PENSAMENTO SARTREANO: A QUESTÃO DA DIALÉTICA. Akrópolis - Revista De Ciências Humanas Da UNIPAR, 18(4). Recuperado de https://revistas.unipar.br/index.php/akropolis/article/view/3300

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Artigos